terça-feira, 23 de junho de 2009

Chapter VII - O Outro Lado

Estava frio e gelado, o silêncio era iminente, só o que se ouvia era a ventania, o castelo era escuro, não parecia ter luz lá dentro, também não havia sinal de vida....Era um lugar um pouco assustador. Ao nosso redor não havia nada, Thomas, Luchi e Gabi se levantaram antes de mim e estavam rodeando o local, só o que vejo são florestas e o castelo....Mas creio que não são as florestas que devemos ir.

- Onde estamos ?. - Kurenai, que se levantou do meu lado, perguntou.

- Não faço a minima ideia. - Respondi, olhando para as janelas do castelo, estavam todas fechadas. Thomas, Gabi e Luchi estavam já mais á frente, olhando para o portão do castelo. Eu e Kurenai fomos até eles.

- Vejamos....do Rio de Janeiro até um castelo que fica sei lá onde....É, isso sim é uma viagem de ferias. - Luchi disse sarcásticamente.

- Os magos....Disseram que deveriamos encontrar á nós mesmos....O que isso significaria ? E como eles nos levaram até aqui ?. - Thomas se perguntou.

Pedro deu um passo á frente e os portões do castelo se abriram. Logo ele olhou para trás e disse:

- Creio que... Devemos entrar.

Caminhamos até dentro do castelo. A primeira coisa que vimos era um salão enorme, iluminado por velas, o tapete do qual pisavamos era vermelho, não continha nenhum simbolo. Continha comodos, grandes poltronas, armários....Como um tipico castelo....Porém só havia uma entrada para os outros corredores, localizada no canto esquerdo. Caminhamos até lá e abrimos a porta, vimos um vasto corredor e fomos caminhando por ele. Não havia janelas nem iluminação pelos corredores...Era pura escuridão, Logo vimos uma luz, era outra porta. Ao abrirmos.....era o mesmo grande salão do qual estavamos antes de entrar nesse corredor. Todos olharam confusos uns pros outros.

- Será que por causa da escuridão demos meia-volta ?. - Gabi perguntou.

Pedro se virou para a porta da qual tinhamos acabado de sair e, ao abri-la, disse:

- Só há uma forma de saber...

Voltamos ao corredor e caminhamos até o fim dele novamente, prestando atenção para não mudarmos de rumo novamente....Apesar de que isso parecia improvavel. Ao abrirmos a porta...O mesmo salão. Fomos novamente pelo corredor e nos deparamos novamente com o salão. Luchi, já irritado, abriu o portão do qual era a que entramos no castelo e era exatamente a entrada....

- Não é possivel que estejamos nos perdendo tantas vezes!. - Luchi resmungou.

Eu estava em silêncio, tentando entender o que estava acontecendo....Não sentia aura alguma no local, então não poderia ser algum efeito arcano....Seria possivel que o castelo ineiro se movesse enquanto estamos no corredor ?...Não, eu observei a estrutura dele, não seria possivel...Mas...

- Alguem aqui acha que é possivel o castelo se mover enquanto estamos no corredor...?. - Perguntei.

- Claro que não, as velas se apagariam ou cairiam no chão com o movimento. - Thomas respondeu.

Pedro passou á observar cada detalhe da sala, parecia procurar alguma coisa. Thomas se sentou em uma das poltronas, para descansar, havia levado uma surra do seu reflexo. Gabi e Luchi estavam conversando no canto da sala, e eu parado, observando todos, pensando no nada. Logo fui até Pedro e perguntei:

- O que está procurando ?.

- Nada, estou procurando apenas alguma coisa que não tenhamos percebido antes. - Ele respondeu.

Encostei na parede e observei o local, não parecia ter nada que um salão de um castelo não tivesse. Pedro começou á olhar a parede central da sala de perto, parecia tentar decifrar alguma coisa.

- Venham cá. - Ele disse para todos. Logo nós todos estavamos olhando para a parede, Pedro apontava para um quadro, da mesma cor da parede, Era uma pintura muito conhecida na Bíblia: a figura de deus, sentado em uma nuvem, com o braço estendido em direção á um homem nu, que também estava com o braço estendido em direção á Deus.

- Uma versão incolor de um quadro famoso da Bíblia...Acho que estamos em algum território divino talvez. - Gabi perguntou.

Pedro, que estava analisando cada detalhe do quadro, respondeu:

- Esse quadro parece fazer parte da parede...

Logo Luchi se aproximou do quadro e colocou suas mãos sobre ele, começou á puxa-lo com força, mas o quadro não se mexia.



- Pare de idiotice. - Thomas disse, puxando Luchi para longe do quadro.

Olhei para o quadro, mas não percebi nada...Só parecia um quadro idiota feito na parede. Abaixei a cabeça e tentei descansar um pouco, Thomas continuava á olhar para o quadro impaciente e inquieto, logo levantou sua montante e começou á balança-la, parecendo estar tentando se destrair.

- Cuidado pra não acertar nada. - Pedro alertou.

Mas foi só Pedro ter alertado, para que Thomas se distraisse e batesse fortemente no quadro da parede, despedaçando-o.

- Santo.... - Luchi disse com um tom de vóz cabisbaixo.

Gabi logo começará a rir, mas antes que pudesse soltar a vóz, começamos á ouvir sussurros pela sala. Elas diziam algo em uma linguagem da qual não conheciamos, parecia latim misturado com japonês....

- O que é isso ?. - Perguntei, empunhando meu cajado.

Pedro, com a mão na bainha de sua katana, respondeu:

- Eu não sei, mas reunam....

E antes que pudesse completar a frase, rostos apareceram nas paredes, o local todo estava começando á tremer e o chão estava se rompendo. Todos os rostos nas paredes eram familiares para pelo menos um de nós...Eu enxergava os rostos de pessoas que conheci desde antes da guerra, até a minha infância. O solo logo começava á se separar e, estranhamente, eu não ouvia mais nada, conseguia enxergar Luchi gritando o nome de Gabi enquanto eram afastados, mas não conseguia ouvi-los. Ao olhar para baixo, Eu vi um enorme olho vermelho, que se abria enquanto os pedaços solo se separavam cada vez mais e....


Escuridão......


Quando abri meus olhos, eu estava de pé na mesma sala da qual eu estava antes de tudo aquilo ter acontecido, com o cajado na mão esquerda...Mas não havia ninguem comigo...Onde todos foram ?. Olhei ao meu redor e nada....Nenhum sinal de vida além de mim. Caminhei até o portão no canto esquerdo e o abri, para minha surpresa, o local estava iluminado por tochas....Não lembro de haver tochas nesse corredor em todas as vezes que passamos por ele....Bem, acho que a unica opção que tenho é seguir por esse corredor...

O corredor era longo, suas paredes eram feitas de grânito, assim como sua superfície. Continuei caminhando até que finalmente avistei uma porta, cujo era feita de madeira. A abri e me deparei com um lugar escuro....Quando dei o primeiro passo para dentro, todas as tochas do local se acenderam simultâneamente, e quando entrei no local, a porta se fechou sozinha e desapareceu. Na minha frente, eu enxergava um homem de capuz, com uma foice preta na mão com uma lâmina espelhada. Quando esse homem virou o rosto para mim, percebi que era branco e que seus olhos estavam cobertos por uma faixa preta. Aparentava ter minha idade, tinha a mesma altura que eu....

- Presumo que você seja meu outro lado... - Eu disse, com um tom de vóz confiante.

O homem simplesmente empunhou sua foice, parecia estar pronto para uma batalha. Logo transformei meu cajado em uma foice e a empunhei, dizendo:

- Tudo bem....vamos fazer disso uma luta justa.

O homem continuou intacto, e apesar da faixa nos olhos, sua expressão parecia me encarar...Eu permaneci parado, esperando que ele desse o primeiro ataque. O silêncio permanecia no que na verdade era um grande salão vazio, eu conseguia ouvir minha própria respiração. O tempo passava, e nós permaneciamos lá, parados.... Resolvi me manter na minha posição, não poderemos ficar nisso para sempre.

Passaram-se cerca de mais cinco minutos, e continuavamos parados no mesmo lugar, ninguem dava o primeiro golpe....Acho que ele não agirá se eu não agir primeiro...Acho que seria melhor dar um blefe. Fechei os olhos, respirei fundo e, ao abri-los, dei um passo para frente. Mas ao eu dar o passo, o homem desapareceu da minha frente. Meus olhos se arregalaram e, rapidamente, o homem havia aparecido atrás de mim e tentará me atacar com a foice. Consegui me defender com o cabo da minha foice, mas logo recebi um chute forte no estômago, cujo impulso me fez voar para longe.

Me levantei e olhei friamente para o homem enquanto estava me recompondo, mas logo o homem desapareceu de novo e logo apareceu acima de mim, preparando para descer com a foice vindo em direção á minha cabeça. Dei um salto para trás e logo revidei o golpe com um katar no rosto do homem com uma força que teria quebrado seu nariz, mas ele permaneceu intácto e logo me deu outro chute no tórax e tentou me atacar com a foice, consegui me recompor do cute á tempo de me defender do golpe da foice, mas o homem desapareceu assim que me defendi e reapareceu ao meu lado, socando meu rosto. Revidei o golpe com um chute diagonal, que o fez perder o equilibrio á tempo suficiente para eu lhe desferir um pontapé no peito, fazendo-o cair no chão, logo tentei ataca-lo com a foice, mas ele desapareceu novamente e re-apareceu me dando uma voadora nas costas.

- Você sabe como lutar....E, pra uma copia de mim, você sabe usar tecnicas bem diferentes. - Comentei sarcásticamente enquanto me levantava. Mas o homem havia desaparecido de novo....

Ele reapareceu em minha frente e tentou me lançar um katar, do qual consegui segurar com minha mão e lhe desferir uma rasteira, logo usei o cabo da foice para atingir sua cabeça, e ao tentar ataca-lo com a lâmina, ele desapareceu novamente....

- Isso já cansou... - Eu disse, já ficando frustrado com a tecnica dele.

Logo haviam sombras negras pelo corredor, e ele apareceu longe de mim, com sua foice apoiada no chão em sua frente, as sombras o cercavam e se multiplicavam rapidamente.

- Espiritos....Que interessante... - Eu comentei, surpreso com a habilidade que ele acaba de usar.

Logo empunhei minha foice contra o chão. O homem havia desaparecido de novo e os espiritos estavam ao meu redor, prontos para me atacar....Porém, começei á criar uma grande esfera de gravidade na minha frente, cujo absorvia os espiritos. Logo entrei na esfera, criando em minha volta uma barreira de espiritos.

- Vamos...Use sua habilidade de teletransporte... - Eu disse para provoca-lo.

O homem reapareceu exatamente onde já estava quando criou os espiritos e estendeu sua mão esquerda, ao estende-la, uma grande aura de luz se formou ao meu redor, uma aura tão pura que enfraquecia qualquer ser, e eu só não estava sendo enfraquecido por causa da barreira que estava me protegendo da aura, apesar de que a própria barreira estava enfraquecida por essa energia. E logo depois, o homem estalou os dedos da mesma mão, e, ao estala-las, tudo ao meu redor virou, por um segundo, escuridão, nesse segundo, eu ouvi os gritos mais aterrorizantes e mortais que já havia ouvido em toda a minha vida...Quando tudo voltou ao normal, eu não estava mais protegido...Todos os espiritos haviam sido dissipados, suas almas deixaram de existir.... Olhei surpreso para o homem e disse:

- Uma habilidade suprema de necromância...Afinal, o que você realmente é ?.

O homem permaneceu parado novamente, sem ação alguma....Se eu reagir, ele irá se teletransportar e me atacar, provavelmente pelas costas, se eu me defender do ataque da foice, ele me atacará com o corpo...E se ele me atacar com o corpo primeiro e eu me defender, ele atacará com outra parte do corpo....Bem....Acho que já sei o que fazer, melhor arriscar do que ficar parado aqui para sempre.

Logo dei um passo para frente, me preparando para saltar quando ele se teletransportasse mas....Ele continuou intacto...Dei outro passo e nada, ele continuava parado.

- Acabou a pilha ?. - Perguntei sarcásticamente.

Dei outro passo e nada....Será que ele está blefando ?. Quarto passo e nada, o que está acontecendo com ele ?, se cansou...?...Bem...Vamos ver...

Corri em direção ao homem, que continuava parado e, ao tentar ataca-lo com a foice em direção ao peito, ele se defendeu e logo me desferiu um contra-ataque com a foice em direção ao meu peito, consegui me defender facilmente do ataque...Tentei ataca-lo na perna, ele se defendeu e tentou me atacar na perna, mas consegui me defender facilmente de novo. Começei á desferir uma serie de golpes e, todas as vezes, ele se defendia e contra-atacava com o mesmo golpe....E o ciclo continuava á cada golpe.....Acho que...Entendi o porque.... Logo recuei para trás e ele também recuou....

Ele é uma parte de mim....Queira eu ou não....e....Acho que o intuito mais correto não é derrota-lo....mata-lo...Afinal jamais conseguiria matar alguem que conhece cada passo meu....Creio que eu deva me unificar á ele....Me tornar um com ele e controla-lo...

Dei alguns passos para frente, e ele também deu...Até que ficamos frente a frente um com o outro...Estendi minha mão e ele o mesmo e, ao toca-lo, ele simplesmente caminhou em minha direção, como uma sombra e entrou dentro de mim, sua foice se tornou minha foice...E eu sentia uma nova energia fluir dentro de mim....Enquanto isso, eu recapitulava, na minha mente, varias cenas dolorosas da minha vida...Varias coisas que resultaram na criação do meu lado negro...

- Agora vejo que você entende....O poder que há em perdoar á si mesmo....Entende que nada que aconteceu na sua vida é sua culpa integral.... - Uma vóz que parecia ser a minha me dizia enquanto as cenas passavam pela minha cabeça.

Logo voltei á realidade e o cajado agora continha um tipo de espelho que não mostrava reflexos...O portão de madeira estava de volta. Após retomar á consciência e a tontura passar, caminhei até o portão e pelo corredor, que estava novamente escuro...Quando sai pelo portão do outro lado do corredor, eu estava de volta á sala e todos estavam lá.

- Quem tava faltando chegou. - Thomas disse, parecendo estar cansado.

Olhei para todos, estavam todos bem...Pedro, sentado em uma das cadeiras, relaxava os pés...Gabi e Luchi conversavam no sofá e Thomas estava sentado no chão.

- Acho que fizemos o que eles disseram para fazer...E agora ?. - Pedro comentou.

Me sentei no chão, apoiado na parede, respirei fundo e respondi:

- E agora...Precisamos sair daqui.

Luchi se levantou e, enquanto caminhava, disse:

- E a melhor forma de fazer isso....

E, ao colocar suas mãos no portão de entrada, completou a frase:

- É pelo portão principal.

Luchi logo abriu o portão...

- Mas hein!? - Ele disse com um tom de vóz surpreso.

Todos estavam olhando para o portão e, quando me virei para olhar, havia um enorme corredor de pedra no lugar de florestas. Pedro se levantou, caminhou até o lado de Luchi e disse:

- Acho que essa pode ser nossa saida....Vamos.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Chapter VI - Redentor

- Parece uma tropa infinita de anjos - Pedro comentou enquanto ceifava um anjo com sua katana.

Estavamos completamente cercados, a luta parecia inacabavel, quanto mais anjos matávamos, mais apareciam...Definitivamente esse lugar tem alguma importância para eles. Corriamos pela escadaria enquanto isso, Thomas parecia empolgado, matava os anjos com rapidez e eficiência. Gabi continuava a correr, começou á testar sua habílidade de teletransporte, usando-a para eliminar os anjos por trás. Luchi os ceifava usando especies de mini-tornados e Pedro usava golpes sobre-humanos e eu os eliminava com meu cajado, em forma de sabre, usando-o para despedaça-los. Quanto mais próximos chegávamos do Redentor, mais anjos apareciam, me pergunto o que há no topo.

- Quer saber ?, CANSEI DE VOCÊS!!!. - Thomas gritou, empunhando sua montante e logo depois disse:

- Luchi, use um tornado em mim.

Luchi não hesitou em faze-lo, ao tornado chegar próximo á Thomas, ele usou sua montante para capturar o tornado e logo começou a rodopiar, criando um tornado maior ainda em sua volta, que parecia atrair os anjos até ele. Porém, quando os anjos tocavam o tornado, eram dizimados.

- Vamos!. - Luchi disse em vóz alta.

Todos nós corremos até o topo enquanto Thomas matava os anjos, fazendo com que sobrassem poucos para nós matarmos. Chegando lá, nos deparamos com três homens de capuz e roupas arcanas....Um vestia vermelho, outro vestia azul e o terceiro vestia branco. Estavam dentro de um tipo de triângulo, algo que impedia nossa passagem até mais adiante. Acima deles, estava o portal e o Redentor....Eles não pareciam perceber que estávamos lá, estavam falando coisas juntos numa linguagem que desconheço. Era como um ritual.

- Estão sentindo essa aura ?. - Pedro peguntou, olhando para o portal.

- Sim...Aura pura, divina e celestial... - Luchi respondeu, também olhando para o portal.

Logo Gabi virou seu rosto até os três homens e perguntou:

- Quem são eles ?.

- Os três reis magos..... - Respondi.

- Pensei que eles só fossem uma lenda da Bíblia, aqueles que levaram três presentes para Jesus quando ele nasceu. - Kurenai comentou.

- Não, eles são reais...Segundo o Julgamento, eles são aqueles que trarão Jesus até esse mundo, e como vocês ja sabem...Jesus virá para fazer o Julgamento Final em nome de Deus. - Luchi explicou.

Dei dois passos para frente e disse:

- Estão prontos para enfrentá-los ?.

- Sim. - Kurenai respondeu, já com sua katana empunhada de forma horizontal.

- Novamente....showtime !. - Luchi disse, levantando sua glaive.

Enquanto isso Gabi permaneceu em silêncio, apenas empunhando seus punhais.

- Ei, não começem a verdadeira diversão sem mim!. - Thomas disse, se aproximando e se posicionou ao lado de Gabi.

Logo empunhei meu cajado, começei a formar um circulo arroxeada em uma uma das beiradas do triângulo, e ao completa-lo, uma pequena brecha se abriu. Os três reis magos pararam seu ritual e olharam em nossa direção, se posicionando um ao lado do outro.

- Finalmente chegaram....Prazer em conhece-los, mortais, me chamo Gaspar. - O de branco disse.

- Creio que vocês sejam o grupo de mortais que está ousando á desafiar Deus....Eu me chamo Melchior, fico gratificado que finalmente nos conhecemos. - O de vermelho disse logo em seguida.

- Por quê será que eles estão agindo tão calmamente ?. - Gabi questionou.

Thomas empunhou sua montante e disse com uma vóz firme:

- Nós não queremos nomes, queremos ir até o portal, mesmo que isso signifique ter de mata-los!.

- Tens certeza que queres fazer isso...Thomas ?. - O de azul respondeu.

- Cale a boca!!!. - Thomas gritou, logo correndo até os reis, mas logo foi impedido por um reflexo de si mesmo que apareceu subitamente, colidindo sua montante com a montante de Thomas.

O de azul deu um passo para frente e disse:

- Tolisse da sua parte tentar me atacar tão rapido....

Logo ele levantou sua mão e estalou os dedos, nesse momento, o reflexo de Thomas deu um golpe letal no próprio, fazendo-o cair no chão. Logo todos nós empunhamos nossas armas e fomos até onde Thomas estava.

- Creio que ainda não me apresentei...Meu nome é Balthasar.

Pedro, dando um passo para frente, comentou:

- Melchior, Gaspar e Balthasar...Exatamente como era dito na Bíblia.

Thomas se levantou, empunhou sua montante e respondeu:

- Acham que um pequeno truque como esse serve pra me abalar ?, pois se for, estão completamente enganados.

- Não seja tolo, nós não criamos isso, foi você mesmo. - Melchior respondeu.

- O que disse !?. - Pedro perguntou, parecendo estar surpreso.

- Esse é o reflexo do que há dentro de vocês....Seus poderes ocultos, seus demônios internos...Tudo carregado em apenas um reflexo. - Melchior respondeu.

Luchi se calou, colocou sua glaive para trás e correu e direção aos reis magos.

- Então me mostre qual é o meu demônio interno!!!.
- Ele gritou.

Atrás dele, apareceu outro Luchi, que lhe deu um golpe exatamente onde o anjo havia o atacado, logo começou a descer uma poça de sangue vinda de Luchi, que caia no chão, agonizando. Gabi e eu corremos até ele, enquanto Kurenai e Thomas tentavam dar conta de seus próprios reflexos.

- Amor!!!. - Gabi disse, demonstrando desespero em sua vóz.

Me ajoelhei ao lado de Luchi e disse:

- Por quê você fez isso ?.

- Porque eu prometi á mim e á todos que iria proteger vocês com a minha vida... - Ele respondeu, com a vóz baixa. Ainda saia muito sangue de seu corpo, logo empunhei meu cajado e o transformei em uma foice, me levantei e a empunhei contra Luchi.

- Isso vai doer... - Eu disse para ele.

- Já tô me acostumando com a dor mesmo... - Ele respondeu.

Logo coloquei a lâmina da foice para cima e a desci com força em direção ao ferimento dele, Mas logo fui impedido pelo punhal da Gabi.

- O que você vai fazer !?. - Ela perguntou, olhando nos meus olhos de forma desesperada.

- Necromância. - Respondi

- Eu não vou deixar você feri-lo mais do que ele já está. - Ela retrucou.

- D...Deixa ele fazer isso, anjo, sei que você não confia muito nele....Mas confie em mim. Eu sei o que ele irá fazer.... - Luchi disse, em vóz mais baixa ainda.

Gabi olhou para Luchi, logo abaixou a cabeça e se afastou. Empunhei minha foice novamente e a lançei contra a ferida de Luchi, perfurando-a. Logo a foice começou á absorver o sangue e, em seguida, fechar o ferimento aos poucos. Gabi olhava surpresa e, ao mesmo tempo, assustada. Estranhamente, os três reis magos apenas observavam aquilo, sem fazer nada, enquanto Pedro e Thomas estavam parados, observando também. Logo a ferida se fechou, e a unica coisa que realmente restou daquele golpe foi uma cicatriz. Tirei minha foice do corpo de Luchi, que se levantou prontamente como se estivesse com todas as energias de volta.

- Acho que te devo uma....Quando eu ficar milionário eu te pago, mas vou querer troco. - Ele disse, olhando para mim, e logo depois começou a rir. Sorri e logo olhei para onde os magos estã....estavam.....Não estavam mais lá....Onde foram ?.

Logo apareceram nossos reflexos em nossa frente e começamos á lutar contra eles incansavelmente. O meu reflexo parecia saber cada movimento meu, cada ação, cada ponto fraco....mas como ?. Luchi já estava bem, estava lutando perfeitamente.

- Pessoal, há alguma coisa entre nós, estou vendo um triângulo se formando. - Kurenai disse, enquanto se defendia rapidamente dos golpes de seu próprio reflexo.

Logo percebi isso também, mas era um pouco tarde: Um portal triângular se formou ao nosso redor, e ouviamos as vozes dos três reis magos dizendo:

- Mortais....Jamais chegarão ao plano divino enquanto não conseguirem vencer seu outro lado...Vou envia-los até o fim dos tempos....O lugar onde tudo começou e terminou....Onde vocês deverão encontrar á si mesmos...

O portal se tornou um grande buraco negro, que começou á nos absorver para dentro.

- Mas o que!?. - Luchi disse enquanto era absorvido.

Kurenai guardou sua Katana e disse em vóz alta:

- Fiquem juntos, se isso realmente é um buraco negro, podemos acabar sendo separados por ele.

Tentamos nos aproximar ao maximo até que fomos completamente absorvidos. Enquanto eramos levados por eles, vimos varias cenas de nossas vidas...Do nosso nascimento até hoje...Não sei o que está acontecendo ou para onde estamos indo....Não sei o que fizeram conosco, mas seja como for...É tarde para pensar nisso. Mas é algo interessante rever toda a sua vida....Momentos felizes...Momentos tristes....Coisas que você quer lembrar e coisas que você não quer lembrar...Uma vez li em um livro que, ao morrermos, passamos por um flashback de tudo que aconteceu em nossas vidas...Será que estamos morrendo...?

Meus olhos se abriram, estava bem escuro, enxergava plantas e parecia ter forças para me levantar. Quando me levantei, estava em frente á um tipo de castelo gigantesco, o céu estava escuro e não parecia ser nem dia, nem tarde e nem noite.....


domingo, 21 de junho de 2009

Chapter V: Luchi: Prelúdio de Morte

A ferida ainda estava aberta e doía, mas tinha que demonstrar força para o grupo, não poderia me deixar abalado, Gabi e Ht estavam batendo de frente, Caty fora para proteger o esconderijo dos humanos, e nada me explicou até agora o porque de usarmos armas e habilidades como teleporte, e além do mais, era pra eu ter morrido com aquele golpe…

Me recordo da conversa que tive com Gabi ao recuperar a consciência, Pedro e Thomas faziam o reconhecimento da area enquanto isso:


Amor…

Diga meu anjo…

Pensei que fosse te perder… – Seus olhos se encheram de lagrimas.

-Eu tô bem não tô? para com isso…

- Tá bem, mas… – hesitou por um segundo – o Ht parece estar tão indiferente quanto a tudo isso…

- E ele? Esta bem?

- Ainda inconsciente, mas esta bem – me respondeu apontando pro mesmo, que dormia profundamente.

- É o jeito dele, ele não demonstra muito o que sente…

- Não gosto disso, pessoas estão morrendo, minha família, a sua, de todos e ele parece nem ligar. >_<

- Calma… – Segurei sua mão – Prometo proteger a todos com a minha vida, tudo vai ficar bem…

- Eu te amo…

- Também te amo vida…

E depois disso, nas lutas que travamos até aqui e depois da briga dela com Ht, senti ela mais fria e distante, estou com medo do que possa acontecer…
Combinei com Thomas de ajudar a separa-los caso algo aconteça, pois vão acabar lutando se ficarem muito tempo juntos…

Agora estamos todos correndo em direção ao que parece um grande portal acima do Cristo, Gabi corre ao meu lado, sem muita expressão, Thomas já correu na frente e se atracou com um anjo, Pedro esta visivelmente preocupado, e Ht sobrio, como sempre.

Ainda me surpreendo com a ironia da frase "anjos estão destruindo o mundo" , bem, não é hora pra filosofar… Time to fight!

domingo, 14 de junho de 2009

Chapter V - Carne em Chamas

O vento soprava forte em direção ao leste, estava de pé, com uma foice empunhada em direção á um hipogrifo, em cima dele, uma jovem garota de cabelos escuros e olhos mais escuros ainda, como se fossem perólas negras....Ela apontava sua espada em minha direção e logo o hipogrifo avançava, voando até mim....


- Você ainda tem muito o que aprender princesa.... - Eu disse a ela com um tom de vóz frio.


- Ht...?.


Meus olhos se abriram, Caty olhava para mim, estávamos em um tipo de floresta com o céu azul.



- ........Oi. - Disse para Caty, que me olhava de forma alegre.


- Finalmente você acordou. - Caty me respondeu, sorrindo.


Virei a cabeça para o lado, Thomas e Pedro estavam treinando um contra o outro, pareciam estar bem. Logo aos poucos fui me lembrando de tudo que aconteceu, da batalha contra o terrivel anjo que quase acabou com nossas vidas, do Luchi ter sido cruelmente ferido...Luchi...


- Luchi, onde ele está....?. - Perguntei a Caty.


- Ele ja acordou, parece estar bem, apesar de não conseguir fazer movimentos bruscos. - Caty me respondeu, ainda sorrindo levemente.


Logo levantei e me sentei, Gabi estava ao lado do Luchi, cuidando de seu ferimento, estávamos numa floresta com um rio ao lado, estava um dia ensolarado.



- Onde estamos ?. - Perguntei.


- Não sabemos, a Gabi conseguiu despertar uma habilidade de teletransporte graças ao desespero interno que se acumulou nela, se não fosse por ela ter nos teletransportado, estáriamos mortos. - Luchi me respondeu.



Me levantei, ao ficar de pé, senti um pouco de tontura e me apoiei em uma arvore. Caty olhou para mim e perguntou:

- Tá tudo bem ?.

-Sim....só estou um pouco tonto, talvez pelo efeito do tempo que estive em sono profundo....Por falar nisso, á quanto tempo estamos aqui ?. - Perguntei, virando meu rosto para a Gabi.

- Fui o primeiro á acordar, desde então se passou um dia. - Thomas me respondeu, suado, caminhando ao lado de Pedro com sua montante na mão.


Um dia desde que Thomas acordou, creio que não irá levar á nada eu me perguntar quanto tempo passou, o importante é que estamos todos vivos. Fui em direção á Luchi e me sentei do lado dele.


- Nii-san....doi ?. - Perguntei, apontando o dedo para a ferida em seu peito.


- Ah....até que não, mas sabe como é.....Uma lança divina atravessando teu peito de fato não é algo que acontece todo dia. - Luchi me responde com uma pequena piadinha para descontrair.


Sorri levemente e logo me calei, passei a observar o local, se ouvia as águas do rio fluindo, apesar de estar ensolarado e quente, não havia passaros pas proximidades e nem os ouvia cantarolar....Com certeza era apenas um lugar quieto.

- Pegue. - Thomas me disse, jogando o cajado em minha direção, peguei o cajado e me levantei. Thomas olhou nos meus olhos.


- Você treina com a Caty no lado esquerdo do rio, eu e Kurenai treinarémos no lado direito.


- Certo... - Respondi.



Fomos até o rio, Caty já estava me esperando com sua lança em mãos. Levantei meu cajado e o transformei num sabre.


- Pronta ?. - Perguntei.


- Claro. - Ela respondeu.


- Perde aquele que cair no chão e ficar indefeso. - Resolvi propor.


- Okay. - Caty respondeu, concordando com a proposta


Logo ela saltou em minha direção com a lança apontada para mim, me desviei e contra-ataquei, movimentando o sabre por trás dela, porém ela se defendeu e logo me desferiu um chute.


- Nunca imaginei um dia você me batendo de tal forma. - Comentei ao me recompor.


Caty deu uma leve risada e respondeu:


- Nem eu....


Transformei meu sabre de volta á sua forma original.


- Me mostre o que você sabe.... - Ela me provocou.


Mas antes que a batalha pudesse prosseguir, Luchi gritou:


- Agora deixe que eu luto com ele.


Luchi se posicionou á minha frente segurando sua glaive. Parecia estar bem, seus olhos estavam tão firmes quanto seu corpo.


- Tem certeza que consegue lutar maninho ?. - Perguntei, um pouco preocupado com a saude dele.


- Não se preocupre, já estou bem....Minhas feridas se fecham rapido.

Luchi empunhou sua glaive, apontando-a para mim

- Vamos treinar um pouco maninho. - Ele disse.

- Como quiser... - Respondi, empunhando meu cajado e transformando-o numa foice.

Ficamos em silêncio encarando um ao outro, esperando o primeiro movimento. O vento estava leve, mas dava pra senti-lo passar pelo meu casaco. Logo percebia o próximo movimento de Luchi, ele irá saltar...e tentar me atacar, sabendo que vou virar para o lado e irá me atacar novamente sem parar....Ele me treinou, ele sabe meus movimentos....Então...Acho que é hora de surpreende-lo.

Tal como previa, Luchi saltou em minha direção com a glaive para cima. Ele provavelmente espera que eu fique parado e depois vire para o lado esquerdo....Pois farei exatamente o contrário: Saltei em direção a ele, com a minha foice empunhada á minha frente, as lâminas colidiram no ar e começamos á atacar e defender-se dos golpes um do outro enquanto desciamos no ar. Ao chegarmos ao solo, tentei me afastar mas Luchi avançou em minha direção me desferindo mais um ataque, do qual desviei por um triz.

- Muito bem, aprendeu á fazer movimentos inesperados quando seu oponente ja conhece sua forma de lutar....Porém, não foi capaz de faze-lo duas vezes.... - Luchi comentou, olhando firmemente para mim.

Simplesmente me calei e esperei que ele desferisse o próximo ataque. Luchi empunhou a glaive novamente e disse:

- Você se mantêm demais na defensiva brotha, você tem de saber quando deve atacar e quando deve se defender.

Logo ele correu em minha direção. Continuei parado, observando Luchi se aproximar, quando ele chegou perto suficiente, tentei ataca-lo, mas sua glaive ja havia atingido meu ombro, dei um salto para trás, mas Luchi continuava á avançar. Me defendia dos golpes de forma sufocante, o que ele realmente estava querendo me ensinar dessa vez.....Acho que era como lidar com inimigos realmente rapidos...

Logo fui atingido novamente pela glaive, dessa vez na perna. Cai no chão e logo Luchi iria me atingir por cima, mas dei um katar em sua perna e logo outro em seu rosto. Luchi perdeu o equilibro, nesse momento lhe dei um chute diagonal, que o fez cair no chão.

- Muito bem. - Ele disse enquanto se levantava.

- Luchi, Ht. - Pedro disse em vóz alta, apontando para a floresta, onde podiamos ver uma grande fumaceira saindo de algum lugar após a floresta.

Thomas se virou e disse, também em vóz alta.

- Vamos até lá.


Pegamos nossas coisas (que na verdade não passavam de casacos, sobretudos e nossas armas) e fomos até dentro da floresta, seguindo a grande fumaceira. Apesar do treino e do golpe que havia tomado á pouco tempo, Luchi estava muito bem, nem parecia ter sofrido um golpe tão mortal há tão pouco tempo. Me pergunto se isso é só fingimento da parte dele.

Chegando próximo ao local, comecei a sentir um cheiro....Um cheiro que era familiar....

- Estão sentindo cheiro de queimado ?. - Luchi comentou.

- Luchi....esse cheiro... - Comecei a falar.

- Carne humana queimada. - Luchi me interrompeu, completando meu pensamento.

Eu e Luchi já haviamos sentido esse cheiro antes, um pouco antes de chegarmos na igreja onde passamos a noite há alguns dias atrás, passamos por um bairro do qual todos os humanos haviam sido dizimados, queimados....Acho que é exatamente o que está acontecendo. Comecamos á correr e quanto mais próximo ficavamos do local, começavamos á ouvir gritos agonizantes, que ficavam mais altos á cada passo que davamos. O calor também aumentava, a temperatura que era

Ao finalmente pararmos e vermos o que estava acontecendo, nos deparamos com a cena mais horrenda que ja vi: humanos, em carne viva, correndo em pânico com seus corpos queimando, ouviamos seus gritos de dor e desespero aumentando á cada milésimo. Era algo realmente chocante pra qualquer pessoa....Por alguns momentos, eu não conseguia dizer nada, só observar...

- Malditos... - Thomas comentou, logo depois correndo até a cidade para achar o causador disso. Todos o seguiram, enquanto Caty estava paralisada, aterrorizada com uma cena que jamais pensava que iria ver em algum lugar que não fossem em filmes de terror. Dei meia volta e coloquei minha mão no ombro dela.

- Eu sei como você se sente....Mas se realmente queremos dar á essas pessoas algo...É o direito de descansarem em paz. - Eu disse, tentando acalma-la, enquanto ela permanecia em silêncio, sua alma não parecia estar lá...Parecia ter se esvaido ao ver aquilo. Logo apoiei minha outra mão em seu ombro e disse:

- Caty, não temos tempo á perder, vamos...!.

Logo ouvimos uma explosão vinda do local onde todos estavam, Caty correu, em silêncio, até o local. Eu a segui e vi Pedro, Thomas, Gabi e Luchi lutando contra um tipo de humano cujo no lugar das pernas, portava uma cauda gigantesca, havia uma aureola que emitia um brilho azul cristalino, continha asas e estava lutando apenas com suas mãos e cauda. De seus olhos, emanavam fogo, o seu olhar foi o que causou toda essa destruição.

- Finalmente chegaram reforços. - Kurenai comentou, desviando dos golpes da criatura.

- Mas chegaram um pouco tarde!. - Thomas replicou, enquanto arrancava a cabeça da criatura com sua montante. Logo saia chamas do corpo da monstruosidade, e após isso, ele desapareceu, virando cinzas. Todos se reuniram, não ouviamos mais os gritos de desespero das pessoas. Caty olhou para os lados, procurou pessoas mas não viu nada. Thomas olhou para todos e disse:

- Vamos voltar...!.

Caminhamos até o local onde as pessoas estavam e nos deparamos com seus cadaveres queimados. Todos ficaram em silêncio por alguns segundos, os olhos de Gabi estavam cheios de lágrimas, mas ela parecia não querer solta-las. Logo ela se levantou e disse:

- Nós temos de acabar com isso!, não podemos mais deixar as pessoas sofrerem e morrerem dessa forma, temos de eliminar logo tudo isso!.

- Se acalme...- Eu respondi.

- Você não é afetado por essas coisas!?, acha isso normal!?. - Ela retrucou.

- Apenas estou dizendo que ficar com raiva não adiantará nada...Temos de dar um fim nisso, mas a raiva não ajudará em nada, então, pelo seu bem: acalme-se. - Trepliquei.

Gabi desabou no chão, olhando um dos cadaveres e logo começou á chorar. Luchi correu para consola-la. Ao abraça-la, ele me encarou com um olhar um pouco raivoso. Virei o rosto e começei á caminhar, procurando saber onde estávamos.

- Ei, pessoal, acho que descobri onde estamos. - Kurenai disse apontando para uma placa, ao nos aproximarmos da placa vimos que estava escrito: ''Maracanã''.

- Nossa, estamos num ponto turistico!. - Thomas comentou com um certo sarcásmo.

Caty se virou para Thomas e disse:

- Sei como chegar ao Redentor daqui....Vamos.

Fomos caminhando durante cerca de três horas, com direito á alguns descansos e retaliação de anjos no caminho, até que logo estávamos lá: Em frente á escadaria do Cristo Redentor. Olhavamos para o local, percebi uma aura emanando do cristo.

- Não há mais volta agora. - Thomas, ao meu lado, comentou. Luchi olhou para todos nós, e disse:

- Se tem alguem aqui que não aguenta mais tudo isso, vá embora agora, pois daqui adiante, as coisas realmente ficarão mais feias.

Todos nós ficamos em silêncio, logo Caty deu um passo á frente.

- Desculpem mas....Depois do que vi, vejo que minha missão é aqui, na cidade...Meu dever é proteger os outros...Irei para o esconderijo que há á trinta minutos daqui, protegerei as pessoas de lá. - Ela disse.

Todos á olharam, Gabi a abraçou.

- Se cuida.... - Gabi disse.

- Você também. - Caty respondeu. Caty a largou e me abraçou (um abraço....coisa que não sentia á um bom tempo...)

- Vou sentir falta de vocês. - Ela disse.

- Relaxa...Vamos nos ver após isso acabar. - Respondi.

- Por quê tudo você diz ''relaxa'' ?. - Ela questionou.

- Seilá. - Respondi, e comecei a rir levemente.

Logo ela foi em direção á Luchi, o abraçou e disse:

- Toma conta de todo mundo.

- Eu pareço uma babá por acaso?. - Luchi respondeu e logo começou a rir. Caty riu e soltou sua mão, acenou para Thomas e Kurenai e foi embora em direção ao esconderijo ao leste.

- SE CUIDA!. - Gritei. Ela acenou, fazendo um sinal positivo com a mão.

Luchi se virou para o portão, Thomas ficou ao seu lado. Logo anjos começaram a voar pelo local, lançando flechas em nossa direção. Empunhamos nossas armas e demos as costas uns para os outros, desviando das flechas logo depois.

- Todos estão prontos para o showtime ?. - Thomas perguntou.

- Sempre... - Respondi.

- Showtime!!!. - Luchi disse em vóz alta.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Chapter IV

Lá estávamos, todos nós, com nossas armas em mão encarando o anjo de rosto iluminado, que parecia nos encarar mas jamais saberiamos pois ele não tem rosto.


- Cuidado, ele não é um anjo normal, é muito mais forte do que os que costumamos enfrentar. - Alertei á todos.

- É, nós sabemos...Vimos parte da surra que ele deu em vocês. - Thomas respondeu de forma sarcástica.

Me calei,e todos nós, com nossas armas empunhadas, encarávamos o anjo sem desviar o olhar, esperando algum movimento dele...Enquanto ele parecia esperar algum movimento nosso para começar a tentar nos massacrar... Logo o anjo empunhou sua espada.

- Ele está vindo!. - Pedro gritou.

O anjo voou rapidamente em nossa direção, colidindo sua espada com os punhais de Gabi, Luchi correu em direção ao anjo e tentou ataca-lo, que saltou e deu um chute no rosto de ambos, fazendo-os voar no chão. Thomas logo apareceu acima do anjo e o atingiu nas costas com sua montante e logo depois lhe desferiu um chute, após tomar o golpe, o anjo voou para o ar e correu em direção á Thomas. Com o meu cajado em forma de sabre, corri rapidamente em direção ao anjo e atingi sua asa, logo Caty saltou em cima dele com a ponta de sua lança, perfurando-o.

O anjo, que parecia estar agonizando, segurou firmemente a lâmina da lança e arremessou tanto eu, Thomas e Caty contra o chão, depois arrancou a lança e a jogou em minha direção, eu estava frente a frente com a lança que me tirará de vez da guerra, meu corpo ainda está no ar e não há como eu me defender ou desviar....

Logo ouvi o som de uma lâmina batendo na lança. Luchi estava de pé novamente e havia salvado minha vida. Cai no chão e logo me levantei, Pedro estava distraindo o anjo bravamente enquanto nós estávamos nos recompondo.

- Vamos!, o Kurenai não vai aguentar muito tempo sozinho. - Luchi me disse. Kurenai é como chamamos Pedro.

Eu e Luchi corremos em direção á Kurenai e ao anjo, que se defendia facilmente dos golpes. Mas vimos Caty e Gabi atacando as asas do anjo, cortando-as e fazendo-as cair no chão, um grande flash de luz saiu das costas do ser....Ouviamos gritos que pareciam ser ecoados de dentro do anjo, seu corpo começava a brilhar.

- ELE VAI EXPLODIR, CORRAM!!!. - Pedro gritou, começando a correr.

Todos corriam, mas o anjo estava seguindo Pedro, parecendo querer mata-lo como golpe de misericórdia. Nenhum dos daqui tem capacidade de tirar o anjo de perto de Kurenai sem se aproximar....a menos que eu.....

Parei de correr, fiz o cajado retornar á sua forma original e começei a preparar uma grande esfera de ar que irá leva-lo para bem longe...Logo a lancei contra o anjo, que estava fraco demais para desviar. O anjo foi lançado para o ar onde explodiu, criando uma luz radiante que era similiar á luz do sol.

Quando a luz se apagou, olhamos para cima...não havia mais nada.

- Acho que o matamos. - Gabi comentou.

Fiquei em silêncio e encostei numa arvore para descansar um pouco. Luchi e Gabi estavam numa melação-de-cueca um com o outro, um momento bem in love, e parecia que iriam demorar....Todos estavam descansando e cuidando de seus pequenos ferimentos....Porém nosso descanso não durou muito: Ao olhar para o lado, avistei uma luz muito forte vindo em nossa direção.

- Pessoal, tá vindo mais um, preparem-se!. - Disse em voz alta para que todos ouvissem.

A luz se aproximava muito rapido, mas todos nós já estávamos prontos para 'recebe-lo'. A luz radiante logo começou á jogar algo similiares á flechas de luz em nossa direção. Conseguimos desviar de todas elas mas ele já estava entre nós, dando soco forte no peito do Kurenai, que foi lançado para longe com o impulso do golpe.

- Mas o que é isso!?. - Thomas disse.

A luz logo se posicionou em sua frente e lhe deu um pontapé no rosto, percebi o sangue saindo da boca de Thomas com o golpe. Não sabia o que fazer, seja o que for isso, já conseguiu massacrar dois da nossa equipe, seja o que for é forte demais. Agora ele estava atrás de mim, O que faço!?. Pulei para cima e percebi que desviei da lâmina letal da lança dele. Enquanto pulei, percebia as asas dele, o que significa que é um anjo....

Caty tentou ataca-lo com sua lança, mas logo foi detida por um chute no tórax. lançei uma rajada de vento contra ele, era a unica coisa que estava concentrada no cajado naquele momento...Não surtiu efeito, ele não se moveu um milimetro. Logo olhou para mim com olhos tão belos que hipnotizará qualquer ser humano normal que os visse. Transformei o cajado em escudo e consegui me defender da lâmina de sua lança, mas logo fui atingido por uma cambalhota, que me levou diretamente ao ar.

- Ele é forte demais, o que está acontecendo...?. - Thomas disse, ainda com sangue na boca.

Ao procurar o anjo, ele estáva no céu, olhando para nossos corpos caidos...Luchi e Gabi também já estavam nocauteados.

- Tolos, pobres e imprestáveis....Vocês humanos não veem o que fizeram com este mundo ?, por quê não aceitam de uma vez o castigo divino que lhes foi dado ?. - O anjo, com uma vóz bela, pura e suave disse.

- Porque....nós jamais irémos nos render á seres cintilantes e alados que nem vocês... - Thomas respondeu, se levantando lentamente.

O anjo apareceu em frente á Thomas e lhe deu um chute de lado no rosto, Thomas saiu voando novamente.

- Não ouse a falar assim dos seus superiores, tolo mortal.... São por causa de seres como você que esse mundo está tão podre, por isso teremos de destrui-lo para poder construir um novo mundo puro. - O anjo retrucou.

Eu começei a preparar lentamente meu cajado para criar uma barreira refletora...Algo que com certeza ele não espera de um humano caido no chão. A barreira ficou pronta, começei a me levantar enquanto dizia:

- Ou será que é por causa dos humanos que tinham total lealdade á vocês ?. Pois até onde eu saiba, eram eles que continham muita riqueza, o suficiente para acabar com a fome mundial pelo menos....

O anjo se virou para mim, voou em minha direção e respondeu:

- Estes também foram humanos tolos e imprestaveis....A humanidade em si é imprestavel, desde Adão e Eva e seus filhos: Abel e Kain....A humanidade nunca realmente pareceu ter valor. Nós, que cuidamos do mundo enquanto Deus estava adormecido, não podiamos matar todos vocês sem a permissão divina...Mas agora que Deus acordou, ele viu o que vocês fizeram e não ficou nada satisfeito....A recompensa será o Julgamento Final, e nele, a humanidade é dada como extinta!.

Ele tentou me cortar com sua lança, mas minha barreira o impediu, porém, a barreira havia se quebrado!. Meus olhos arregalaram, isso jamais havia acontecido antes, então ele é tão forte á ponto de quebrar uma barreira dessas em um único golpe!?. Ao ele tentar desferir um soco em mim, uma glaive atingiu seu rosto de raspão. Luchi estava ao meu lado.

- Corra!. - Ele disse. Porém logo fui atingido pelo punho do anjo, do qual saia uma pequena quantia de sangue do rosto.

- Maldito, mortal.....como ousa.....a ferir um ser divino!!!!. - O anjo disse, parecendo estar enfurecido.

Ambos começaram á travar uma batalha, Gabi observava a luta, queria ajudar seu amado mas não conseguia se levantar....Para falar a verdade, o único que ainda tinha forças pra ficar de pé era o Luchi.

- AAAAAAAAAAARGH!!!. - Luchi deu um grito agonizante.

Olhei para cima e vi Luhi, com a lança do anjo nas costas, o anjo o olhava com uma satisfação incrivel de estar presenciando cada momento de sofrimento daquele que considero meu irmão....Logo tentei criar forças e consegui me levantar, sem saber como. O anjo olhou para mim e me atirou uma flecha de luz, que com sorte consegui defender com o cajado. Todos observavam Luchi, eu percebia as lagrimas sairem do olhar de desespero de Gabi, que parecia querer gritar mas não conseguia nem sequer soltar a voz diante de tal sofrimento.

- Olhem bem mortais, olhem para esse individuo.... Agora, eu darei á todos vocês o mesmo destino dele....Hora de fatia-lo em pedaços. - O anjo disse, ainda com o olhar e tom de voz como que estivesse se satisfazendo com cada momento de sofrimento de todos.

- Não mesmo............ - Disse para o anjo.

Logo empunhei meu cajado contra o anjo e joguei uma lança negra com aura vermelha. O anjo largou Luchi, que caiu no chão com as costas sangrando, parecia estar inconsciente. O anjo desviou da lança.

- Olhe só.....uma lança do submundo....Seria você um necromante ?. - O anjo indagou, olhando pra mim de forma sarcástica.

Permaneci em silêncio, não sei o que foi aquilo....Não sei como desferi aquele golpe, mas seja como for, eu senti uma grande onda de poder vindo daquela lança.....Seja como for....aquilo havia me deixado muito....Mas muito fraco....

Cai no chão, sem conseguir movimentar um dedo, olhei para o anjo mas minha vista estava começando a ficar embaçada....

- Não tenho mais tempo á perder com vocês, preparem-se para a morte!!!. - O anjo gritou, erguendo sua lança que começava a radiar uma luz imensa.

Mas Gabi estava se levantando...Logo olhou para todos, olhou para o corpo de Luchi, pegou seus punhais e os encravou no chão. Depois estendeu os braços, olhou para o anjo, sorriu e disse:

Não é a nossa hora!!!.

Nossos corpos começaram á ser envolvidos por uma aura branca e, do nada, não estávamos mais no campo de batalha, pareciamos estar em algum lugar completamente diferente, não havia mais luz, era noite...Meu corpo estava fraco demais para distinguir o lugar...Vi o corpo da Gabi cair no chão e acabei caindo em um sono profundo....





[ht]

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Chapter III – Deja Vu

Mal podia acreditar, estávamos de fato reunidos novamente, a turma que havia se originado alguns anos antes, que jamais pensaria em lutar por causa tão nobre, estávamos ali reunidos novamente… Era um alivio estar com minha amada novamente…

Mas algo me incomodava…aquele sonho da noite anterior, não sei se foi o ronco do Ht, ou sei lá o que… Mas algo estava errado, e eu sinto que devo fazer algo a respeito, sem saber bem o que…

Devo proteger a Gabi a qualquer custo, não quero perde-la denovo…

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-enquanto isso 6 dimensões dali…em frente a um ser onisciente sentado em seu trono, um arcanjo de bela aparência se dirige com respeito ao ser todo poderoso, ambos estavam em uma grande fortaleza, e o poder puro dela preenchia todo o espaço do local. O arcanjo se curvou e disse:

-Eles se aproximam meu mestre, estão enfrentando um dos generais…Devo enviar tropas auxiliares?

-Ah, Gabriel, você que sempre me foi tão prestativo, que impediu que a dimensão superior fosse corrompida por selvagens durante meu descanso… Vá até lá e destrua-os com tuas próprias mãos, meu filho…

-Seja feita vossa vontade…

Assim o arcanjo pegou sua lança e se dirigiu para fora, satisfeito e ansioso.