sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Chapter IX – 2 – Libertação

Quando me dei conta estava em uma plataforma rodeada de névoa, havia sido teleportado novamente e estava sozinho, o cheiro de enxofre era realmente degradante ao olfato, mas não tanto quanto aquele maldito labirinto…

- Isso aqui tá parecendo um Videogame, e a porra da minha paciência só tem uma life…

Me pergunto o porque de tudo isso, não estava me preocupando muito com o destino de tudo ali,  afinal meu namoro já não ia as mil maravilhas e isso o degradou mais ainda. Não sei mais pelo que lutar, se esta certo oque Deus julga ou oque nós mortais achamos correto…

Me lembro de memórias tenras, quase esquecidas, que não vem ao caso desenterrar, me questiono pelo que lutar, se oque realmente importa são pessoas e sentimentos que sabe-se lá se irão te acompanhar para sempre…

- Vinde a mim, filho… – uma luz se materializou no lado oposto da plataforma, se dirigindo a mim com uma voz serena e profunda.

- Você obviamente não é Deus, e mesmo tentando se passar por ele não vai conseguir papo, então vá logo e se mostre como é antes que eu te faça ver como o fio da minha glaive esta perfeito…

- Você me surpreende por se impor diante de tal presença, Senhor Luchi… – a luz se desfez dando lugar a um homem bem apessoado , de aparência tranquila, trajes soturnos e longos, um olhar morto e penetrante – Você tem as perguntas, pois eu lhe mostro as respostas… – disse estendendo a mão que segurava um amuleto negro.

Não é a toa que te chamam de coisa ruim… – retirei meu crucifixo e estendi a outra mão para pegar o objeto - Não interessa oque tenho que fazer, quero apenas saber…

Ele riu enquanto pegava de sua mão fria o amuleto, ao mesmo tempo que meu crucifixo escapava da minha mão.

Ao colocar o amuleto escutei o barulho de metal se partindo e vi de relance o crucifixo partido em dois no chão enquanto apreciava minha nova aquisição…

Dor, Ódio, Agonia, Desespero, Terror, todos os sentimentos reprimidos se rebelando em energia maciça, enquanto me corpo reagia sozinho as imensas massas de energia que se instalavam nele, todo o inferno ecoando em minha cabeça em gritos de horror e desespero, tudo vindo em uma enxurrada em que mal podia ouvir meus próprios gritos.


Silencio….


- Amor, é você?

O liquido quente escorrendo da lamina de minha glaive e pela minha mão era sangue…

- Não, não existe mais essa coisa inutil em mim… – sussurrei em seu ouvido enquanto aos poucos aprofundava mais a lamina em seu abdomen, não me lembrava de nada mas aquilo, me completava de alguma forma…

- P-Porque?

- Cale a boca e apenas morra… – e assim retirei a glaive de seu abdômen, removendo todo o sangue de minha arma em um movimento rápido, guardando-a em minhas costas denovo.

Enquanto seu corpo caia sem vida, eu a olhava com satisfação inexplicável, era fabuloso, mas meu momento de reflexão foi interrompido por barulhos vindos de traz de uma porta, algo me dizia que eram meus companheiros. Peguei o corpo no colo e me dirigi até eles.

- A encontrei morta, assim como meu antigo eu – sussurre ia mim mesmo antes de abrir a porta…

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Chapter IX - Conflito

O vento vindo do outro corredor soprava pela sala...O cheiro de sangue ainda era intenso, estavamos todos em silêncio. Tudo que eu ouvia além do vento era a respiração da Gabi....

- Gabi...?. - Luchi, um pouco surpreso com a cena, disse.

Eu não precisava olhar pra trás para saber que os olhos dela estavam direcionados para mim e, principalmente, o que isso significava...Sua respiração estava elevada, logo podia deduzir que seu coração estava batendo forte, o que não é muito normal...afinal...Ela só me jogou uma unica flecha.

- Não aguento mais esse tipo de atitude !. - Ela disse, ainda com a voz elevada.

Virei minha cabeça levemente pra esquerda e respondi:

- Isso não é motivo para você me jogar uma flecha....

- Você continua á agir com indiferença á isso tudo !.Todas essas pessoas morrendo, familias sendo destroçadas, a humanidade sendo dizimada e você continua agindo como se nada estivesse acontecendo !. - Ela retrucou.

Fiquei em silêncio por alguns segundos. Logo me virei e olhei fixamente em seus olhos. Não era o mesmo olhar que eu conheço da Gabi...Há raiva nele....

- Continua não sendo motivo para você me atirar uma flecha... - Respondi.

- Ei, acalmem-se, os dois!. - Pedro, também surpreso com a cena, pediu.

- Kurenai...Não adianta, ela não vai se acalmar... - Respondi.

- Cale a boca!. - Gabi retrucou em vóz alta, atirando outra flecha.

Transformei meu cajado numa espada e rebati a flecha contra a parede. Ainda olhando fixamente para os olhos dela, dei um leve sorriso e abaixei minha cabeça.

- .....Entendi..... - Disse, empunhando minha espada e a apontando em direção á Gabi enquanto ela logo revelou um arco feito de sua própria aura e o apontou para mim.

- Thomas, agora!. - Luchi gritou.

Luchi e Thomas empunharam suas armas. Luchi saltou até a frente de Gabi enquanto Thomas saltou e correu em minha direção, parando na minha frente com sua montante empunhada na minha frente.

- Não vamos deixar que vocês continuem!. - Luchi gritou com uma vóz firme. Eu já imaginava que ele faria algo desse tipo... Ao mesmo tempo, estou começando á compreender o motivo dos reis magos terem nos levado até esse lugar. Abaixei a espada e disse:

- Como quiser...

Gabi abaixou seu arco e se sentou no chão. Luchi se aproximou dela e começou á consola-la. Thomas guardou sua montante e seguiu Pedro até o portão.

- Vamos. - Pedro disse em vóz alta, olhando para todos nós. Me levantei e caminhei até o portão ao lado de Luchi e Gabi, que estavam em silêncio. Pedro abriu o portão e entramos por ele. Logo estava tudo em branco e repentinamente todos desapareceram...Eu tinha a sensação de que estava caindo mas olhei para baixo e não estava.

Ao olhar novamente, estava no solo, um piso familiar. Quando olhei para frente, percebi que estava numa sala de aula vazia...Uma sala de aula da minha antiga escola. Creio que seja apenas mais um dos 'labirintos' desse lugar. Caminhei até fora da sala, o corredor estava vazio e todas as outras portas trancadas. Procurei se havia alguem nas outras salas e não, estava tudo completamente vazio. Desci as escadas e vi que o portão para a parte externa do pátio e o portão para o outro corredor estavam trancados...Acho que realmente é pra cima que eles querem que eu vá. Subi as escadas até o quarto andar, antes verificando em cada andar se havia alguem nas salas. Chegando no quarto andar, também estava tudo trancado e o local estava deserto....

Mas logo começei á ouvir uma melodia de piano vindo do auditorio. Segui até o portão do auditorio e percebi que ele não estava trancada. Abri o portão, o som do piano ficava mais alto e logo vi Gaspar tocando o piano no palco do auditorio até perceber minha presença.

- Então você chegou... - Ele disse dois segundos após parar de tocar, se levantando da cadeira e se virando em minha direção enquanto eu empunhava meu cajado e o transformava em um sabre, apontando-o para ele. Gaspar sorriu e disse.

- Cuidado com o que você fará com esse sabre... Pode acabar machucando seus amigos.

Gaspar estalou seus dedos e todo o auditório começou á desmoronar, dando lugar á uma câmara com lava correndo debaixo de nós. Logo ouvi gritos de sofrimento e ao olhar pros lados, haviam cruzes com espinhos e neles, todas as pessoas que realmente tinham alguma importância para mim...Todos gritando com lava correndo lentamente pelos seus corpos enquanto os espinhos das cruzes perfuravam lentamente seus corpos...Olhei para aquilo com uma certa surpresa...Apesar de já imaginar que esse tipo de coisa aconteceria nesse lugar...

- ....Gaspar.... - Eu disse com a vóz extremamente calma e fria, transformando o sabre em foice e o apoiando no chão bem na minha frente, colocando minha mão levemente sobre sua lâmina de forma que ela não me cortasse.

-...Tem uma coisa curiosa no sofrimento deles... - Continuei á falar enquanto passava minha mão pela lâmina chegando até o cabo.

- É que....Nessa situação, meus amigos já estariam mortos... - Continuei á falar. Gaspar arregalou seus olhos enquanto eu levantava minha mão aberta pra cima.

- E, sinceramente...Se vocês estão se dando á todo o trabalho de fazerem essas coisas....É porque definitivamente nós somos um risco e tanto para Deus, não é ?....Por fim, não creio que você queira prolongar o sofrimento dessas pobres almas... - Terminei de falar, logo estalando os dedos. Nisso, as almas dos corpos crucificados foram extirpadas, mostrando que, na verdade, eram apenas esqueletos com almas implantadas. Levantei a cabeça e olhei fixamente nos olhos de Gaspar.

- O propósito de todo esse lugar é meramente tentar nos destruir por dentro fazendo conflitos fisicos e psicológicos...Nisso, vocês estão usando nossas memórias e nossas fraquezas para nos perdermos dentro de nós mesmos com uma serie de choques...A unica coisa que vocês esqueceram, principalmente da minha parte, é que minhas fraquezas nessas horas é inexistente e que eu tive de abandonar quase todos que me importavam para chegar até aqui... Então, ilusões nao me afetam. - Disse, transformando meu foice num sabre novamente e a apontando para ele.

Gaspar deu um leve sorriso e respondeu:

- Muito bem...Então vamos fazer isso da forma mais pratica.

Logo Gaspar desapareceu e em seu lugar apareceu um anjo com quatro asas, portando uma armadura pesada e duas espadas. Empunhei meu sabre e desapareci, reaparecendo atrás dele e tentando desferir um golpe que foi bloqueado por uma das espadas. Desapareci novamente antes que ele me acertasse com a outra espada. Reapareci á três metros de distância dele. Ele avançou até minha direção, me defendi do primeiro golpe e desapareci novamente. Se eu ficar muito tempo próximo dele, ele me atingirá, mas se eu ficar desviando sempre, não terei como elimina-lo...Reapareci á 5 metros do anjo e empunhei o sabre pra trás. O anjo veio em minha direção, ao ele chegar á um metro e meio de distância, transformei meu sabre em uma montante enquanto a direcionava em diagonal até o anjo, repentinamente, a lâmina atravessou a armadura e o anjo, ficando negra. O anjo caiu e desapareceu...Sua alma estava na lâmina da minha monante e logo foi absorvida.

Um portão se abriu atrás de mim. Entrei nele e fui caminhando pelos corredores. Nesse tempo, pensei sobre como estão todos os meus amigos...Se estão vivos ou mortos, se estão bem. Logo parei de caminhar...Não é hora de pensar nisso. Voltei á caminhar até um no fim do corredor. Ao abri-lo, havia uma sala oval iluminada. Quando fechei a porta, ela simplesmente desapareceu. Parecia estar trancado nessa sala e começei á observar o local que realmente parecia apenas uma sala normal. Dez minutos depois, Pedro entrou por uma porta que apareceu repentinamente e desapareceu ao ele fecha-la.

- Onde estamos ?. - Ele perguntou.

- Não faço a minima ideia....Seja como for, parece que estamos presos aqui. - Respondi.

Pedro se sentou no chão para descansar enquanto eu observava o local ainda.

- O que aconteceu com você antes daqui ?. - Perguntei.

- Eu estava com o Thomas em um lugar que conhecemos muito bem...De repente apareceu o Balthasar e então tudo desapareceu e quando percebi estava sozinho no corredor. - Ele respondeu.

Fiquei em silêncio e começei á pensar no nada, esperando que alguma coisa aconteça...Creio que teremos de esperar até todos chegarem. Passaram-se cerca de vinte minutos e Thomas entrou por outra porta.

- Cadê o resto ?. - Ele perguntou ao nos ver.

- Sei lá. - Pedro respondeu.

Thomas se sentou no centro da sala, olhou para mim e para Kurenai e disse:

- Vocês dois estão com uma linda cara de cu.

Começamos á rir até que outro portão se abriu e dele saiu Luchi, em silêncio com a cabeça baixa e Gabi em seu colo. Ele caminhou um pouco e depois parou ainda de cabeça baixa. Ficamos todos em silêncio, Luchi se aproximou um pouco mais e parou novamente....Olhei para Gabi percebi que seu abdomen estava sangrando, seu corpo estava mole. Luchi colocou Gabi levemente no chão, olhei mais de perto e percebi que....Gabi estava morta.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Chapter VIII - Labirinto


O corredor não parecia ter fim, já estavamos caminhando a pelo menos trinta minutos e não viamos um sinal de fim naquele corredor. Pedro caminhava na frente, Luchi e Gabi estavam do meu lado esquerdo e Thomas estava um pouco atrás de Pedro. O silêncio permanecia exatamente igual á escuridão do local, só se era possivel ver todos porque estavam por perto.




- Pessoal.... - Luchi disse, logo parando de caminhar. Olhei para trás e disse:




- Há alguma coisa vindo em nossa direção...




Thomas logo empunhou sua montante, Pedro pôs a mão na bainha de sua katana. Gabi se manteve intacta, apenas pondo suas mãos nos punhais que porta.




- Vem da direita.... - Pedro disse calmamente, olhando para a direita.




Logo estavamos todos em silêncio e ouviamos alguma coisa que parecia rastejar rapidamente....Algo que provavelmente tinha um porte grande...Rastejava mais perto a cada segundo.




- Está chegando... - Eu disse, materializando uma foice.




Pedro logo levantou um pouco de sua katana da bainha e disse:




- Três....Dois....Um...AGORA!.




A parede se quebrou e uma iluminação vinha do que a quebrou. A criatura avançou em nossa direção frenéticamente, mas já estavamos com nossas armas em frente á ele, nos defendendo do seu avanço cruel. O calor perto dele era de pelo menos quarenta graus. Logo Thomas encravou sua montante no rosto da criatura e o jogou para o outro lado, cerca de uns trinta metros longe de nós. Era uma criatura gigantesca, seu corpo era comprido, não tinha pernas, ou seja, se locomovia rastejando, seu corpo era coberto por lâminas douradas , seu rosto era um enorme olho vermelho cercado por lâminas viradas para frente.


- Um avernal.... - Comentei.


Logo a criatura avançou em nossa direção. Saltamos, Thomas logo colidiu sua montante contra a criatura e começou á desviar de seus golpes, estendi minha mão em direção á criatura, me preparando para extirpar a alma dela. A aura de luz já estava em volta da criatura e Thomas estava afastado o suficiente para não ser atingido pelo golpe.


- HT, NÃO!!!. - Pedro gritou. Mas eu já havia estalado meus dedos e a alma da criatura já estava sendo eliminada. Seu corpo começou á se decompor e logo uma grande tempestade de chamas, que saía do corpo do avernal, se alastrou pelos corredores.


- Thomas!, Gabi! - Luchi disse em vóz alta.


Thomas havia sido engolido pelas chamas juntamente com Gabi. Logo as chamas passaram e ambos estavam á salvo por um escudo espiritual criado pela Gabi. Descemos até o chão.


- Vocês estão bem ? . - Luchi perguntou.

Thomas e Gabi se levantaram, Gabi disparava seu olhar em minha direção, enquanto isso, respondeu:

- Sim, estamos...Mas o que era aquilo ?.

Pedro, olhando para o rompimento que o avernal causou respondeu:

- Era um avernal, veja-o como uma lacraia gigante com lâminas e organismos compostos de chamas....São seres inflaveis que explodem ao morrer.

- O HT, ao ve-lo disse ''um avernal''...Então você sabia disso, HT ?. Sabia que ele explodia ao morrer ?. - Gabi, olhando fixamente para mim, questionou.

Logo retribui o olhar e respondi:

- Sim, mas uma vez que você toca a alma de um ser vivo para extirpa-la, não há como voltar atrás.

Luchi, observando a discussão com um ar de tensão, respirou fundo e disse:

- Devemos seguir em frente. Gabi, se acalme, o HT não fez isso intencionalmente. HT, procure controlar mais o tempo que você demora pra extirpar a alma de um ser vivo, podemos não ter a mesma sorte no próximo avernal.

- Como quiser... - Respondi.

- Por aqui. - Pedro disse, caminhando através do rompimento.

Seguimos pela trilha criada pelo avernal, ainda estava escuro, a temperatura estava mais alta por causa das chamas, beirando uns 43ºC. Todos estavam com suas armas em mãos, não sabiamos se havia outros avernais no local. Repentinamente, tudo começou á tremer, o solo começava á se romper e as paredes estavam desaparecendo...Logo o solo rompeu e caimos, na queda, percebia que estavamos caindo no desconhecido, se houvessem lâminas abaixo, estariamos mortos, mas, subitamente, tudo ao meu redor ficou azul, eu conseguia enxergar o sol e logo cai....na areia.

Me levantei, olhei ao meu redor, a escuridão havia sumido, estavamos agora em meio á um grande deserto...

- Seja o que for isso, não estou gostando nada nada... - Luchi, ao meu lado, comentou.

- E agora, o que fazemos ?. - Perguntei.

Thomas levantou sua montante e a apontou para o Sol, dizendo:

- Simples, vamos seguir em direção ao sol.

Luchi se virou para ele e perguntou:

- Por quê deveriamos fazer isso ?.

- Pois é a unica forma de seguirmos em linha reta sem nos perdermos e ficarmos andando em circulos. - Thomas respondeu.

- Então, vamos. - Eu disse, caminhando em direção ao Sol.

- Espere HT!. - Pedro disse rapidamente.

Logo me virei e perguntei:

- O que foi ?.

- Temos de ir todos juntos, bem proximos uns dos outros, senão um de nós pode se perder e, ao que parece, se perder nesse deserto não é uma boa ideia... - Ele respondeu, com uma vóz analítica e calma.

Começamos á caminhar, o calor estava escaldante, logo tirei meu casaco e o segurei na mão. Todos já haviam tirado seus agasalhos, o vento soprava forte e...

- Ai!.

Gabi havia tropeçado e caido.
Luchi logo se abaixou e a ajudou á se levantar, perguntando:

- Está tudo bem ?.

- Sim. - Gabi respondeu.

Thomas olhou para o chão e disse, apontando para o chão:

- O que é isso ?.

Ao olhar para o chão, vi um tipo de esfera vermelha, de tamanho equivalente á minha mão. Luchi se abaixou, olhando o objeto.

- Sei lá, mas é estranho ter uma pedra gigante vermelha no meio de um deserto.

Logo Luchi encostou na pedra, que emitiu uma onda de choque e o jogou á cerca de três metros de distância. A pedra começava á emitir um brilho forte e logo a areia parecia se locomover em direção á ela, a areia começava á se acumular, criando um enorme monte que logo ganhou uma forma parecida com a parte superior de um humano de porte grande e muito forte.

- É.....Fodeu!. - Luchi gritou em vóz alta, empunhando sua glaive e saltando em direção á cabeça da criatura rapidamente, atingindo-o com um golpe certeiro. Mas a cabeça se recompôs na mesma hora, logo desferindo um soco em Luchi, que voou bem longe com o impacto.

Logo apareceram mãos de areia segurando meus pés, mas ao chuta-las, elas se desfaziam. Parece que agora todo o deserto é uma criatura...Quando olhei novamente ao meu redor, Pedro, Thomas e Luchi estavam presos por enormes mãos de areia que parecia se solidificar.

- HT, a pedra!. - Pedro gritou antes que seu rosto fosse coberto pela areia.

Logo dei um salto, entendi o que Kurenai quis me dizer...A pedra é o que está causando isso, então devo destrui-la antes que eles sejam sufocados pela areia. Transformei meu cetro em um sabre e usei o teletransporte para o mais proximo da pedra e tentei atingi-la, mas um punho de areia apareceu na minha frente, me empurrando para o solo, onde logo a areia começou á me cercar...Me prendendo em areia solida.

Ao abrir meus olhos, vi uma luz ofuscante em frente ao corpo do deserto. Ao olhar com mais atenção, percebi que eram asas, e que quem estava no ar era Gabi.

- What the... - Eu falei, sem palavras suficientes para definir o que via.

Gabi logo lançou um tipo de lança de luz em direção á pedra, atingindo-a certeiramente. Logo uma enorme tempestade de areia começou,a visão ficava mais ofuscada e tudo que eu podia fazer era fechar os olhos para não entrar areia em meus olhos, principalmente por eu estar caido no chão. Ouvia o vento soprando extremamente forte e a areia passando pelos meus meus braços e rosto...E, por um momento, parecia estar sendo soterrado e do nada....

Silêncio....

Ao abrir meus olhos, eu estava em um local limpo, parecia o salão do castelo, virei minha cabeça para a esquerda e vi o grande portão pelo qual entramos, logo deduzi, estava no castelo novamente. Percebi estar agasalhado e ao levantar meu braço, vi que estava com meu sobretudo e que meu cajado estava na minha outra mão, me levantei, olhei ao meu redor: não havia ninguem no grande salão além de mim. Porém, um portão no centro da sala estava aberto....

Caminhei em direção á ele, meu corpo estava um pouco cansado, e tudo que estava acontecendo parecia cada vez mais confuso. Definitivamente, esse lugar não é normal, parece que fui parar em um enorme jogo...Inumeros pensamentos estavam na minha cabeça enquanto eu caminhava pelo corredor que parecia infinito...Me perguntava onde eu realmente estava... E, principalmente, se eu não estava sendo uma marionete dos reis magos nesse castelo....

Logo avistei uma porta e continuei caminhando até ela...Ao abri-la, percebi que Luchi, Gabi, Thomas e Pedro também abriram outros portões que levavam á mesma sala ao mesmo tempo.

- Como assim!?. - Gabi se perguntou.

- Isso sim foi algo estranho. - Comentei, olhando pasmo para os lados.

Tochas começaram á se acender sozinhas, e mais adiante, havia um grande portão.

- Vamos. - Luchi disse, com um tom de vóz seco, parecendo estar impaciente com as situações que estamos passando.

Seguimos até o portão, mas antes que entrassemos, comecei á sentir um cheiro forte de sangue que vinha do outro lado da porta.

- Pessoal... Esperem. - Eu disse.

- O que foi HT ?. - Pedro perguntou.

- Antes de abrirmos esse portão, quero deixar claro, estejam prontos pra ver qualquer tipo de horror ai dentro... - Respondi.

Gabi olhou para mim e perguntou:

- Por quê diz isso ?.

- Porque há um cheiro forte de sangue e carnificina do outro lado... - Luchi respondeu.

- Estão realmente prontos para ver qualquer coisa ?. - Perguntei.

O silêncio permaneceu por um tempo, porém, Thomas se voltou para a porta e disse:

- Não temos tempo para isso.

Thomas abriu a porta. Do outro lado dela, havia homens ensanguentados e crucificados, com seus corpos em carne viva, gritando desesperadamente de dor...Suas cruzes cobertas por espinhos, fazendo com que seu sangue respingasse pelo solo. Olhavamos aquilo em choque, foi a cena mais horrenda que já vi em toda a minha vida...Seus grtos ecoavam pelo salão, eu observava que até o Thomas, que parece ser tão valente, estava em choque com a cena. Gabi fechou seus olhos e tampou seus ouvidos, horrorizada com a cena, enquanto Luchi e Pedro olhavam para o local procurando entender o que era aquilo....Haviam pelo menos vinte homens crucificados, e eles pareciam estar lá á um bom tempo. O cheiro de sangue estava muito mais forte...

Fechei meus olhos e estendi os braços, dei alguns passos para frente enquanto preparava o fim do sofrimento das almas deles...Afinal, um homem normal já estaria morto naquelas circunstâncias...Então...

- Chega... - Eu disse, ao abrir meus olhos e estalar os dedos. Extirpando a alma de todos os homens de uma vez só. Começei á caminhar até o proximo portão, sem olhar para os lados. Ao chegar perto do portão, vejo uma flecha de luz ser lançada ao meu lado.

- Chega!!. - Gabi disse em vóz alta.


Uma Pequena Mensagem

Ola leitores do Pensamentos Paralelos, inicialmente, gostaria de pedir desculpas pela ausência de postagens da continuidade de Colera de Deus. Tive motivos de força maior que me afastaram temporariamente do blog. Mas agora estou de volta, essa semana voltarei á postar a obra Colera de Deus, começando pelo capitúlo oito: Chapter VIII - Labirinto. Espero que compreendam minha ausência e que gostem da continuidade...Meu tempo afastado me deu pensamentos suficientes para preencher o vacuo que ficou nesse meio tempo....Quanto aos posts:

- Serão feitos semanalmente todo domingo, tendo apenas adiantado o Capitúlo 8, qualquer mudança na data de postagens será por imprevistos. -


Agradeço sua atenção.


Grixis.