domingo, 31 de maio de 2009

Chapter III

Acordei ás seis da manhã, Luchi estava em um sono profundo e parece que irá demorar um pouco para acordar. Vesti minha camisa e meu casaco, logo olhei pro chão e encontrei o livro de Genêsis aberto. Será que ele estava lendo o livro ?. Por que ?. Peguei o livro aberto, o fechei e o coloquei na estante ao lado do Luchi. Coloquei minhas botas, arrumei meu cabelo e sai do quarto, sendo logo recebido por Marcos.


- Bom dia. - Ele disse.


- Bom dia Sr. Marcos - Respondi, sendo o mais formal e descritivel possivel.


Marcos começou a caminhar e disse:



- Venha comigo, quero mostrar-lhe uma coisa.

Não sabia se eu realmente deveria ir, não confio em ninguem que esteja aqui nesse esconderijo, especialmente Marcos e os soldados...Eles são a autoridade desse lugar, podem facilmente querer matar eu e Luchi apenas para provar o poder que eles tem...Mas acho que já estou pronto para o caso de algo desse tipo vir á acontecer...Será necessário botar em prática os treinamentos de artes marciais que Luchi me ensinou. O segui, caminhando por pequenos corredores que me levaram até um laboratório de armas, lá, encontrei a gláive de Luchi e o meu cetro.





- Suas armas....Estávamos analisando elas ontem, não conseguimos definir o material do qual elas são feitas, não é nenhum material que haviamos identificado antes...Você poderia me dizer do que elas são feitas ?. - Marcos me perguntou ao me entregar as armas.





- Sinceramente, não sabémos. - Respondi.





Marcos me lançou seu olhar diretamente em meus olhos e retrucou:





- Aonde vocês acharam essas armas ?.

Fiquei em silêncio por alguns segundos, não poderia dizer á ele que as armas simplesmente apareceram em nossas mãos sem mais nem menos. Olhei para os olhos de Marcos e respondi:


- Eram de anjos mortos que encontramos na Igreja ao norte daqui, onde estávamos no começo de tudo.


-Então essas armas eram de....anjos ?. - Marcos perguntou.


- Muito provavel que sim. - Respondi.


- Vocês não teriam remorso de usar as armas daqueles que nos matam para mata-los ?. - Marcos me questionou, elevando seu tom de vóz.


Olhei fixamente nos olhos de Marcos com um olhar sério e respondi:


-...Vocês seriam capazes de matar anjos com suas armas...?.



Marcos se silenciou, olhou para os lados e abaixou a cabeça.


- Mas não pense que por isso você deve mandar suas trópas pegarem armas de anjos e sair no meio de uma guerra....Eles tem poderes divinos, ou talvez profanos, não sei dizer....Vocês não conseguiriam vence-los numa guerra. - Avisei á Marcos, pensando na idéia insana dele vir a tentar capturar armas de anjos.


Marcos respirou fundo e respondeu:


-Então por quê vocês ás usam ?.


- Como lhe disse ontem....Vamos nos opor ao Criador e ao nosso futuro Destruidor. - Respondi.


Logo peguei as armas e segui até a porta do laboratório, me virei para Marcos e resolvi perguntar:


- Eu e Luchi podemos partir agora ?.


- Sim....Boa sorte...e tomem cuidado. - Marcos respondeu


- Obrigado. - Disse e fui embora.


Ao voltar para o quarto, Luchi estava vestindo seu sobretudo.


- Bom dia dorminhoco. - Disse, ironicamente.


- Bom dia garoto que ronca tanto que eu não conseguiria dormir nem com headphones. - Luchi retrucou


Comecei a rir e entreguei a glaive para ele.


- Estamos liberados. - Eu disse.


-Ok, agora podemos continuar á seguir para o Redentor. - Luchi respondeu, demonstrando seriedade na sua vóz.


Ao Luchi terminar de se arrumar, nós fomos para o elevador que nos levará á superfície....Entramos nele e o soldado apertou o botão de subida. Tanto eu quanto Luchi encostamos na parede do elevador, esperando ele subir. Nesse meio tempo eu estava pensando em....nada....minha cabeça tava bem distante em um lugar que desconheço....Gosto dessa sensação. Logo o elevador parou, eu e Luchi empunhamos nossas armas pois poderia haver de tudo aos portões do elevador abrir. Os portões abriram....Nada....

Luchi saiu primeiro, olhou para todos os cantos e não detectou nenhum sinal de anjos.

- Vamos logo. - Ele disse.

Começamos á caminhar, calados, minha cabeça continuava no meio de pensamentos desconhecidos, acho que aprendi a viver neles ja faz um bom tempo. Luchi estava apenas caminhando sem produzir som algum além dos de seus passos, estava tudo bem tranquilo, olhei para o relógio, eram nove da manhã.

Continuamos caminhando em silêncio até que ouvimos ruidos de asas.

- Estão aqui. - Eu disse.

Luchi empunhou sua glaive e disse com um tom de vóz calmo.

- Showtime..

Transformei meu cetro em um sabre, usando as runas cujo estão seladas nele e parte das minhas tecnicas Arcanas. Luchi apontou para o leste.

- Eles estão ali. - Disse, olhando para o leste.

Empunhei o sabre e a cravei no chão...Criando centenas de espadas de pedra ao nosso redor. Luchi olhou para mim, sinalizei com a cabeça positivamente e Luchi empunhou a glaive, colocando a lâmina dela atrás de si mesmo. Logo algo que eu poderia descrever como....''um enxame de anjos'' (bizarro, né ?) apareceu, Luchi deu um upper cut e as espadas de pedra foram todas em direção ao ''enxame'', ceifando vários dos anjos, depenando alguns, e até mesmo cortando a cabeça de outros.

Nós corremos e começamos a ceifar os anjos que sobraram manualmente, logo haviamos aniquilado todos eles....Sem sofrer um menor arranhão. Será que estamos nos tornando tão ''fodões'' ?.

- Facil facil, agora vamos. - Luchi disse, ainda com a glaive na mão e voltando á andar até o Redentor.

Eu o segui, olhei para baixo e percebi uma sombra com asas, olhei para cima e havia outro anjo, esse era dourado, portava uma espada e um escudo, seu rosto era coberto por uma máscara luminosa. Disparando asas de ouro em direção ao Luchi.

- Nii-san!!!. - Gritei, lançando meu cajado em direção á ele rapidamente, formando um escudo que repeliu as asas.

Luchi pulou e empunhou a gláive para cima enquanto subia, logo a empunhou para baixo na descida, porém o anjo usou seu escudo, se defendendo do golpe que teria quebrado qualquer escudo normal com a força da glaive.

O anjo ergue sua espada e atinge Luchi, que cai no chão com um ferimento profundo no tórax. Olhei para o anjo, surpreso, até agora pouco estava achando que eu e Luchi éramos fodões por não ter sofrido um arranhão na luta anterior. Logo percebi que o anjo estava prestes a vir em minha direção.

O anjo desceu em alta velocidade com sua espada apontada para mim, peguei o cajado no chão e o transformei rapidamente em uma espada, e a usei para rebater a espada do anjo, fazendo-o ficar no solo, tentei atacá-lo por baixo, mas seu escudo se defendeu e logo ele chutou meu peito, me fazendo cair longe no chão.

Luchi se levantou de um lado e eu de outro, empunhamos nossas armas e corremos rapidamente em direção ao anjo, desferindo uma serie de golpes enquanto o anjo se defendia facilmente de cada um deles. Definitivamente já haviamos percebindo que uma batalha corporal não iria ajudar muito, hora de uma batalha á distância. Dei um passo para trás e saltei para longe do anjo, apontei minha espada em direção á ele enquanto Luchi continuava á atacar para distrai-lo, comecei a carregar energia na lâmina dela, preparando mais uma enxurrada de espadas de pedra, mas Luchi foi nocauteado novamente e o anjo correu em minha direção, era rapido demais para deixar que eu concentrasse minha magica á tempo suficíente para atingi-lo.

Novalmente voltei á batalha corporal, cujo com certeza eu estou em desvantagem, os movimentos do anjo são rapidos demais, não sei até onde poderei defende-los. Logo Luchi aparece atrás de mim, atingindo o peito do anjo com a glaive e....nada! Ele estava intacto como se nem tivesse recebido o golpe, será que estamos lidando com um ser indestrutivel ?....Não, me recuso á pensar em ser morto por um anjo que nem tem rosto!.

- AAAAAAAAAAH!!!. - Uma vóz feminina gritou, logo vimos o brilho de adagas prateadas bater no rosto do anjo, que cai no chão e logo depois voa par ao céu, com a mão direita no rosto. Ao olhar para quem desferiu o golpe, era a Gabi.

- GABI!. - Luchi gritou.

- Meu anjo!. - Gabi respondeu, ambos se abraçaram.

Olhei para Luchi e comecei a rir.

- Que foi HT ?. - Gabi perguntou, virando o rosto pra mim enquanto abraçava Luchi.

- Anjo....que ironico. - Luchi comentou.


Luchi saltou de encontro a sua amada, os olhos de ambos brilhavam, parecia que tinham ficado longe uma eternidade, Gabi olhou em seus olhos e disse


- Meu amor, eu fiquei muito preocupada, nunca mais sai de perto de mim.


- Tá bem meu anjo...digo...amor...nunca mais. - Luchi respondeu com um tom de vóz meloso.

Naquela hora me senti como se estivesse segurando vela e que a cera dela já estava percorrendo as minhas mãos, eu não sei se eu ria ou se eu ia embora e deixava os dois sozinhos com o anjo assistindo de camarote.... Logo Kurenai, Thomas e Caty apareceram do meu lado, empunhando suas armas.

- Vocês tão apanhando pra essa coisa ?. Temos de mostrar á esse anjo de merda quem manda nesse mundo. - Thomas disse.

O grupo estava todo reunido novamente, empunhamos nossas armas, Eu com meu cajado transformado em foice, Luchi com sua glaive, Gabi com suas adagas, Kurenai com sua katana, Caty com sua lança e Thomas com sua montante. Estávamos todos juntos contra um inimigo que jamais tinhamos enfrentado antes, ele ja havia se recomposto do golpe que levou, e parecia nos encarar com seu rosto iluminado....

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