domingo, 31 de maio de 2009

Chapter III

Acordei ás seis da manhã, Luchi estava em um sono profundo e parece que irá demorar um pouco para acordar. Vesti minha camisa e meu casaco, logo olhei pro chão e encontrei o livro de Genêsis aberto. Será que ele estava lendo o livro ?. Por que ?. Peguei o livro aberto, o fechei e o coloquei na estante ao lado do Luchi. Coloquei minhas botas, arrumei meu cabelo e sai do quarto, sendo logo recebido por Marcos.


- Bom dia. - Ele disse.


- Bom dia Sr. Marcos - Respondi, sendo o mais formal e descritivel possivel.


Marcos começou a caminhar e disse:



- Venha comigo, quero mostrar-lhe uma coisa.

Não sabia se eu realmente deveria ir, não confio em ninguem que esteja aqui nesse esconderijo, especialmente Marcos e os soldados...Eles são a autoridade desse lugar, podem facilmente querer matar eu e Luchi apenas para provar o poder que eles tem...Mas acho que já estou pronto para o caso de algo desse tipo vir á acontecer...Será necessário botar em prática os treinamentos de artes marciais que Luchi me ensinou. O segui, caminhando por pequenos corredores que me levaram até um laboratório de armas, lá, encontrei a gláive de Luchi e o meu cetro.





- Suas armas....Estávamos analisando elas ontem, não conseguimos definir o material do qual elas são feitas, não é nenhum material que haviamos identificado antes...Você poderia me dizer do que elas são feitas ?. - Marcos me perguntou ao me entregar as armas.





- Sinceramente, não sabémos. - Respondi.





Marcos me lançou seu olhar diretamente em meus olhos e retrucou:





- Aonde vocês acharam essas armas ?.

Fiquei em silêncio por alguns segundos, não poderia dizer á ele que as armas simplesmente apareceram em nossas mãos sem mais nem menos. Olhei para os olhos de Marcos e respondi:


- Eram de anjos mortos que encontramos na Igreja ao norte daqui, onde estávamos no começo de tudo.


-Então essas armas eram de....anjos ?. - Marcos perguntou.


- Muito provavel que sim. - Respondi.


- Vocês não teriam remorso de usar as armas daqueles que nos matam para mata-los ?. - Marcos me questionou, elevando seu tom de vóz.


Olhei fixamente nos olhos de Marcos com um olhar sério e respondi:


-...Vocês seriam capazes de matar anjos com suas armas...?.



Marcos se silenciou, olhou para os lados e abaixou a cabeça.


- Mas não pense que por isso você deve mandar suas trópas pegarem armas de anjos e sair no meio de uma guerra....Eles tem poderes divinos, ou talvez profanos, não sei dizer....Vocês não conseguiriam vence-los numa guerra. - Avisei á Marcos, pensando na idéia insana dele vir a tentar capturar armas de anjos.


Marcos respirou fundo e respondeu:


-Então por quê vocês ás usam ?.


- Como lhe disse ontem....Vamos nos opor ao Criador e ao nosso futuro Destruidor. - Respondi.


Logo peguei as armas e segui até a porta do laboratório, me virei para Marcos e resolvi perguntar:


- Eu e Luchi podemos partir agora ?.


- Sim....Boa sorte...e tomem cuidado. - Marcos respondeu


- Obrigado. - Disse e fui embora.


Ao voltar para o quarto, Luchi estava vestindo seu sobretudo.


- Bom dia dorminhoco. - Disse, ironicamente.


- Bom dia garoto que ronca tanto que eu não conseguiria dormir nem com headphones. - Luchi retrucou


Comecei a rir e entreguei a glaive para ele.


- Estamos liberados. - Eu disse.


-Ok, agora podemos continuar á seguir para o Redentor. - Luchi respondeu, demonstrando seriedade na sua vóz.


Ao Luchi terminar de se arrumar, nós fomos para o elevador que nos levará á superfície....Entramos nele e o soldado apertou o botão de subida. Tanto eu quanto Luchi encostamos na parede do elevador, esperando ele subir. Nesse meio tempo eu estava pensando em....nada....minha cabeça tava bem distante em um lugar que desconheço....Gosto dessa sensação. Logo o elevador parou, eu e Luchi empunhamos nossas armas pois poderia haver de tudo aos portões do elevador abrir. Os portões abriram....Nada....

Luchi saiu primeiro, olhou para todos os cantos e não detectou nenhum sinal de anjos.

- Vamos logo. - Ele disse.

Começamos á caminhar, calados, minha cabeça continuava no meio de pensamentos desconhecidos, acho que aprendi a viver neles ja faz um bom tempo. Luchi estava apenas caminhando sem produzir som algum além dos de seus passos, estava tudo bem tranquilo, olhei para o relógio, eram nove da manhã.

Continuamos caminhando em silêncio até que ouvimos ruidos de asas.

- Estão aqui. - Eu disse.

Luchi empunhou sua glaive e disse com um tom de vóz calmo.

- Showtime..

Transformei meu cetro em um sabre, usando as runas cujo estão seladas nele e parte das minhas tecnicas Arcanas. Luchi apontou para o leste.

- Eles estão ali. - Disse, olhando para o leste.

Empunhei o sabre e a cravei no chão...Criando centenas de espadas de pedra ao nosso redor. Luchi olhou para mim, sinalizei com a cabeça positivamente e Luchi empunhou a glaive, colocando a lâmina dela atrás de si mesmo. Logo algo que eu poderia descrever como....''um enxame de anjos'' (bizarro, né ?) apareceu, Luchi deu um upper cut e as espadas de pedra foram todas em direção ao ''enxame'', ceifando vários dos anjos, depenando alguns, e até mesmo cortando a cabeça de outros.

Nós corremos e começamos a ceifar os anjos que sobraram manualmente, logo haviamos aniquilado todos eles....Sem sofrer um menor arranhão. Será que estamos nos tornando tão ''fodões'' ?.

- Facil facil, agora vamos. - Luchi disse, ainda com a glaive na mão e voltando á andar até o Redentor.

Eu o segui, olhei para baixo e percebi uma sombra com asas, olhei para cima e havia outro anjo, esse era dourado, portava uma espada e um escudo, seu rosto era coberto por uma máscara luminosa. Disparando asas de ouro em direção ao Luchi.

- Nii-san!!!. - Gritei, lançando meu cajado em direção á ele rapidamente, formando um escudo que repeliu as asas.

Luchi pulou e empunhou a gláive para cima enquanto subia, logo a empunhou para baixo na descida, porém o anjo usou seu escudo, se defendendo do golpe que teria quebrado qualquer escudo normal com a força da glaive.

O anjo ergue sua espada e atinge Luchi, que cai no chão com um ferimento profundo no tórax. Olhei para o anjo, surpreso, até agora pouco estava achando que eu e Luchi éramos fodões por não ter sofrido um arranhão na luta anterior. Logo percebi que o anjo estava prestes a vir em minha direção.

O anjo desceu em alta velocidade com sua espada apontada para mim, peguei o cajado no chão e o transformei rapidamente em uma espada, e a usei para rebater a espada do anjo, fazendo-o ficar no solo, tentei atacá-lo por baixo, mas seu escudo se defendeu e logo ele chutou meu peito, me fazendo cair longe no chão.

Luchi se levantou de um lado e eu de outro, empunhamos nossas armas e corremos rapidamente em direção ao anjo, desferindo uma serie de golpes enquanto o anjo se defendia facilmente de cada um deles. Definitivamente já haviamos percebindo que uma batalha corporal não iria ajudar muito, hora de uma batalha á distância. Dei um passo para trás e saltei para longe do anjo, apontei minha espada em direção á ele enquanto Luchi continuava á atacar para distrai-lo, comecei a carregar energia na lâmina dela, preparando mais uma enxurrada de espadas de pedra, mas Luchi foi nocauteado novamente e o anjo correu em minha direção, era rapido demais para deixar que eu concentrasse minha magica á tempo suficíente para atingi-lo.

Novalmente voltei á batalha corporal, cujo com certeza eu estou em desvantagem, os movimentos do anjo são rapidos demais, não sei até onde poderei defende-los. Logo Luchi aparece atrás de mim, atingindo o peito do anjo com a glaive e....nada! Ele estava intacto como se nem tivesse recebido o golpe, será que estamos lidando com um ser indestrutivel ?....Não, me recuso á pensar em ser morto por um anjo que nem tem rosto!.

- AAAAAAAAAAH!!!. - Uma vóz feminina gritou, logo vimos o brilho de adagas prateadas bater no rosto do anjo, que cai no chão e logo depois voa par ao céu, com a mão direita no rosto. Ao olhar para quem desferiu o golpe, era a Gabi.

- GABI!. - Luchi gritou.

- Meu anjo!. - Gabi respondeu, ambos se abraçaram.

Olhei para Luchi e comecei a rir.

- Que foi HT ?. - Gabi perguntou, virando o rosto pra mim enquanto abraçava Luchi.

- Anjo....que ironico. - Luchi comentou.


Luchi saltou de encontro a sua amada, os olhos de ambos brilhavam, parecia que tinham ficado longe uma eternidade, Gabi olhou em seus olhos e disse


- Meu amor, eu fiquei muito preocupada, nunca mais sai de perto de mim.


- Tá bem meu anjo...digo...amor...nunca mais. - Luchi respondeu com um tom de vóz meloso.

Naquela hora me senti como se estivesse segurando vela e que a cera dela já estava percorrendo as minhas mãos, eu não sei se eu ria ou se eu ia embora e deixava os dois sozinhos com o anjo assistindo de camarote.... Logo Kurenai, Thomas e Caty apareceram do meu lado, empunhando suas armas.

- Vocês tão apanhando pra essa coisa ?. Temos de mostrar á esse anjo de merda quem manda nesse mundo. - Thomas disse.

O grupo estava todo reunido novamente, empunhamos nossas armas, Eu com meu cajado transformado em foice, Luchi com sua glaive, Gabi com suas adagas, Kurenai com sua katana, Caty com sua lança e Thomas com sua montante. Estávamos todos juntos contra um inimigo que jamais tinhamos enfrentado antes, ele ja havia se recomposto do golpe que levou, e parecia nos encarar com seu rosto iluminado....

[ht]

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Chapter II – Memorias do Luchi

Ht já estava em sono profundo, e eu não conseguia dormir, tinha em mãos a foto de minha amada, Gabi, eu simplismente não conseguia ficar ali parado sem saber onde ela estava, se estava bem…

Tudo começou quando vim ver ela aqui no Rio… estava nublado, parecia um dia normal até os anjos aparecerem do céu com suas lanças e espadas, destruindo e matando sem piedade (irônico, não?), bem no momento em que o grupo se reunirá pela primeira vez completo, e se separou prematuramente…

Acredito que Pedro e Thomas estejam com ela, meus amigos sabem o quanto ela é importante pra mim…

Peguei o livro da Gênesis e comecei a rele-lo , de forma q poderia compreender o que viria depois do fim do sexto dia.

--É só um livro idiota escrito por humanos…não vai ajudar –Larguei o livro percebendo que era inutil.

Gostaria de saber daonde veio minha glaive, pois é exatamente como eu sempre pensei que seria, e apareceu na hora mais critica sem mais nem menos, não que eu esteja reclamando, mas queria saber quem a enviou, e o mesmo pro cajado do Ht, que roncava continuamente, mesmo que eu quisesse dormir precisaria de um headphone…

Coloquei os fones tentando me distrair e começou a tocar Stairway To Heaven, até o mp3 estava de sacanagem comigo…

Resolvi tentar dormir, pois amanhã precisaria de forçar pra encontra-la de qualquer maneira…mesmo que isso custe….a minha vida…..zzzzZZZZzzzz

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Chapter II

- Ht, ainda falta muito para chegármos lá ?. - Luchi me perguntou.


- Creio que mais uma hora caminhando e estáremos na antiga entrada do Redentor...Ai é só a gente subir toda aquela escadária e estarémos lá. - Respondi com um tóm de humor sarcástico em relação ás escadárias.


Olhei para o céu, estava profundamente nublado. Em breve irá chover mais. Me lembro do pavor que eu tinha quando chovia, devia ter uns 13, 14 anos na época...Sempre tinha o pressentimento que algo iria acontecer em dias que choviam muito, acho que era trauma de infância talvez. Luchi estava calado enquanto caminhava, seus olhos demonstravam a seriedade e a preocupação que passava dentro de si.


- Ei, vocês!. - Alguem atrás de nós gritou.


Paramos, olhamos um para o outro, Luchi colocou a mão na glaive, eu coloquei a mão no cajado e olhamos para trás. Era um homem, idade aparente de 30 á 35 anos, cabelos castanhos bem curtos, usando uma farda do exército e portando uma AK-47 nos braços, apontada para nós.


- Identifiquem-se!. - Ele disse em vóz alta.


- Um sobrevivente ?. - Comentei com Luchi.


- Acho que estamos no território de um dos esconderijos de sobreviventes. - Luchi disse.


- Identifiquem-se imediatamente!. - O homem disse novamente com um tom de vóz mais alto e grave.


Como sistema de identificação, os humanos sobreviventes tem IDs, são como acessórios, geralmente cordões ou anéis, com um simbolo e numero de identificação. Nós não usamos IDs, preferimos viver como forasteiros, trará menos problemas para aqueles que não estão envolvidos e nem tem motivos para estarem. Essa é uma guerra de todos, porém não é por isso que todos devem lutar nela.


- Vou desarma-lo....Ai nós conversamos com ele. - Luchi sussurrou para mim.


Luchi correu rápidamente em direção ao soldado, que tentou apertar o gatilho mas era tarde demais, a glaive de Luchi ja havia batido fortemente na metralhadora do homem, fazendo-a cair no chão. Logo Luchi apontou a gláive para o pescoço do homem.


- Agora sim, podemos conversar. - Luchi disse para o homem, com uma vóz perceptivelmente sarcástica com um sorriso maldoso no rosto.





Chutei a metralhadora do homem para longe.


- Somos forasteiros, não usamos identificação por motivos pessoais. - Eu disse para o homem.


- Quais são os motivos ?. - O homem perguntou.


- Você não acha que está em desvantagens demais para continuar a fazer perguntas. - Luchi resmungou.


Porém, dois portões se abriram e duas tropas com cerca de 15 soldados cada sairam delas apontando suas metralhadoras para nós....


Eu e Luchi olhamos um para o outro e guardamos nossas armas, colocamos as mãos atrás da cabeça. Os soldados correram em nossa direção e nos colocaram algemas.


- Movam-se adiante!. - Um dos soldados disse para nós.


Fomos até um tipo de elevador que nos levou até o subsolo...Lá se escondia um dos esconderijos dos sobreviventes...é incrivel como eles transformaram uma garagem subterrânea em um verdadeiro abrigo, um lar.





Fomos levados até o ''lider'' deste abrigo, um homem de aparentemente 40 anos, cabelos longos loiros, olhos castanhos, trajando um terno cinza e uma camisa social branca.



- Quem são vocês ?. - Ele perguntou.



- ....Somos forasteiros. - Luchi respondeu.



O homem se virou para Luchi e perguntou:



- Forasteiros, de onde vocês vieram ?.



- O da esquerda tem um sotáque paulista, já o outro parece ser daqui do Rio mesmo. - Um dos soldados comentou.



- Isso mesmo. - Eu disse, olhando para o lider do abrigo.



- E o que vocês fazem fora de um abrigo ?. - O soldado perguntou para mim. Virei meu rosto para ele lentamente.



- Creio que você não tenha o direito de nos perguntar isso. - Disse para ele com um sorriso sarcástico no rosto. O soldado logo levantou a vóz e disse:



- Como é que é ?, Você está me desafiando moleque ?.



- André, acalme-se. - O lider do abrigo disse em tom de vóz alto, olhando para o soldado, que agora descobri se chamar André.



- Senhor, se for possivel, poderiams conversar a sós na sua sala, só eu, você e meu amigo Luchi ?. - Perguntei para o homem de terno.



O homem me olhou de forma desconfiada, relutou um pouco á dizer qualquer coisa.



- Nós deixaremos nossas armas sob sua custódia, prometemos não leva-las na nossa conversa. - Luchi disse, olhando fixamente nos olhos do homem.



O homem continuou em silêncio....Olhou para nós dois. O silêncio tomou conta do local, estávamos em uma sala grande, haviam soldados por todos os cantos, provavelmente era um tipo de QG dos soldados.



- Certo.... Larguem suas armas no chão e venham comigo. - O homem disse, virando as costas e caminhando para uma porta mais á frente. Eu e Luchi largamos a gláive e o cajado no chão, elas foram rápidamente recolhidas pelos soldados. Nos levantamos e seguimos o homem até a sala de reuniões dele. Entrando na sala, o homem tirou o terno, se sentou em uma cadeira e disse:



- Sentem-se. - Eu e Luchi nos sentamos em frente á ele.



- Como se chamam ?. - Ele perguntou.



- ....Eu sou Luchi, e ele se chama HT. - Luchi respondeu, olhando para o homem.



- Prazer senhores, eu me chamo Marcos. Agora, vocês me digam o que fazem por essas redondezas e de onde vieram. - O homem nos disse.



Me pergunto se realmente devo dizer á ele toda a verdade, o nosso objetivo, o que procuramos e o que irémos fazer. Luchi olhou para mim e eu olhei para ele, ele balançou a cabeça, sinalizando um sim. Me virei para Marcos e disse:



- Estamos procurando quatro amigos, acabamos nos separando deles quando um tornado nos arrastou para o que era a Praia de Botafogo. Estávamos seguindo para o Redentor, nós e nossos amigos nos encontrariamos lá.



Marcos olhou para mim com um olhar sério, colocou uma mão sobre a mesa e perguntou:



- O que vocês procuram no Redentor ?. Lá está cheio de Seráfims, por acaso procuram morrer ou algo assim ?.



- Nós irémos fazer aquilo que todos os humanos estão com tanto medo de fazer: Nos opor ao criador e ao nosso futuro destruidor. - Luchi o respondeu, com um tóm de vóz sério.

- Como ?, Deus foi nosso criador!. Nós não temos como destruir aquilo que nos criou. - Indagou Marcos.

- Deus demorou cinco dias para criar o mundo, a terra, os mares, os seres vivos, os humanos. ou seja, tudo que existe nesse planeta. No quinto dia Deus dormiu...No sexto dia ele acorda e começa o Julgamento Final...No sétimo dia, não existe mais nada... - Luchi retrucou.

Olhei para Luchi e completei a explicação:

- No caso, um ano para Deus é igual á milênios para nós, humanos. Estamos no começo do sexto dia Marcos...E não demorará muito para que o sétimo dia começe.

Marcos se calou, passou á olhar para a janela, observando as pessoas que pareciam morar tranquilamente no ''esconderijo''.

- Quando essas bases subterrâneas foram criadas, nosso intúito era proteger a civilização...Provavelmente adquirimos uma divida externa muito grande com essa construção, mas essa é a ultima coisa da qual nos preocuparmos. Estamos seguros aqui, isso é o que importa, mas será que as pessoas estão contentes vivendo aqui ?. Até onde essa segurança irá durar ?, será que seremos capazes de viver aqui para sempre ?, Será que um dia os seráfims nos encontrarão ?. Tudo isso é muito incerto, de fato, estamos sendo expulsos da superficie pelos anjos e seráfims.... será que há algum propósito divino para isso ?. - Marcos comentou.

- Deus ficou furioso com a forma que tratamos tudo que ele criou, tudo que ele deixou para nós foi usado de forma que corrompemos a natureza, começamos á mata-la aos poucos. Isso fez com que Deus acordasse no quinto dia, e ao ver os resultados do que aconteceu, resolveu eliminar todos nós, fazer-nos sentir sua cólera, a cólera de Deus. - Eu disse para Marcos.

Marcos se calou, olhando para a janela, disse:

- Vocês estárão liberados para partirem amanhã, está tarde, não podemos liberá-los assim tão tarde. Há um quarto para vocês no quartel com uma beliche, tenham uma boa noite.

Então teriámo que passar a noite aqui, não sei se seria uma boa idéia, mas não temos escolha. Luchi se levantou primeiro e seguiu até a porta.

- Vamos HT. - Ele disse, com um sorriso no rosto e um olhar confiante. Me levantei da cadeira e segui Luchi até o dormitório. No caminho, percebi que não hávia ninguem nos corredores, acho que todos já estão dormindo, que horas será que são ?. Chegamos no dormitório, abrimos a porta e encontramos um quarto branco com banheiro, tres cadeiras e uma beliche... Eu coloquei meu casaco na cadeira, tirei minhas botas e cai na cama, simultaneamente caindo no sono.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Chapter I

Estávamos descansando no que sobrou de uma igreja no Rio de Janeiro, estava chovendo demais para que pudéssemos continuar á caminhar pelas ruas....o Julgamento Final começou e a humanidade foi destinada á ser eliminada..palavras do próprio Deus. Há anjos de Deus caçando os humanos como os nazistas caçavam judeus durante a II Guerra Mundial.

É irónico parar pra descansar nos destroços de uma igreja, local onde tanto se idolatrava Deus e seus ensinamentos. Seja como for, é completamente inútil pensar nisso agora. Me deitei em um dos bancos e dormi....

- Acorda seu dunha!. - Luchi me disse, me cutucando pra eu acordar.

Fiquei em silêncio e olhei para o teto, estava amanhecendo. Me levantei, coloquei meu casaco, olhei para um espelho que havia na parede da igreja e ajeitei meu cabelo.

Luchi estava esperando um pouco impaciente. Entendo a preocupação dele. Nós estávamos em um único grupo: Eu, Luchi, Gabi, Thomas, Caty, Paulo e Pedro. Estávamos indo para o Vaticano, o local onde os portões da outra realidade estão...Porém, acabamos nos encontrando numa situação da qual estávamos cercados, anjos e mais anjos nos procuravam para nos matar quando estávamos no Redentor. Lutamos bravamente, porém, um tipo de espírito selvagem que lança tornados conhecido como ''Espírito Santo do Vento Divino'' apareceu em meio á batalha e causou todo o estrago...Lembro de Thomas ter dito ''nos encontre no Redentor se puderem'', e é isso que iremos fazer.

Peguei o meu cajado, Luchi estava com a gláive prateada dele em mãos.

- O Redentor é um pouco longe daqui, acho que umas duas ou três horas caminhando e estaremos lá. - Disse para ele.

Começamos á caminhar em direção ao redentor. A visão da cidade mudou muito, a cidade parece vazia agora, carros, prédios, casas, muitas coisas estão destruídas por causa dos ataques dos Anjos. Os humanos sobreviventes vivem em ''esconderijos'' que ficam em lugares que desconhecemos, desde que começamos essa ''aventura'' - se é que dá pra se chamar isso de aventura. - , temos total consciência do que estamos fazendo, abandonamos família, amigos, pessoas que nos eram queridas para que pudéssemos ir até um objetivo: se opor ao 'criador' e salvar a humanidade do destino tenebroso que a aguarda...

Luchi estava calado, pensativo, creio que está pensando na Gabi... Por algum motivo a ligação dos dois é muito forte, vai além do físico ou de espírito...É algo que toca a parte mais profunda da alma de ambos, admiro isso e acho belo.

- Ela deve estar bem .- Disse para tentar faze-lo relaxar.

- Não há como ter certeza que ela está bem, nesse exáto momento ela pode estar muito, mas muito longe daqui, talvez até em outro continente, até no Japão!. - Ele respondeu com um tom de voz até que calmo para o assunto.

Resolvi me calar, não gosto de insistir em relação á essas coisas.... Pra dizer a verdade, eu não sinto vontade de insistir em nada, muito menos insistir em ajudar os outros. Sem contar que há certas coisas da qual palavras não adiantarão e essa é uma dessas coisas, agora é torcer para que Gabi, Thomas, Caty, Pedro e Paulo estejam bem.

Logo ouvimos um tipo de movimento vindo dos becos. Luchi empunhou sua gláive rapidamente e começou a tentar sentir a aura de quem ou o que estava por lá. Tudo ficou em um silêncio mutuo por um minuto, até que ouvimos novamente o barulho...É o barulho de asas batendo lentamente. Empunhei meu cajado e o transformei numa foice, estávamos ouvindo mais asas batendo.

- Estamos cercados. - Sussurrei para Luchi.

Demos as costas um para o outro.

- Pronto para o showtime ?. - Ele perguntou

- Sempre... - Respondi

Posicionei minha perna um passo á frente, empunhei minha foice contra o chão e estávamos aguardando até que eles viessem até nós.

- O que estão esperando ?, estão com medo de morrerem logo no começo da guerra ?. - Luchi disse para provoca-los

- Eles entendem nossa linguagem ?. - Perguntei.

- .....Seilá. - Ele respondeu.

Tive que conter o riso, não posso perder a concentração. As asas batiam mais forte e logo oito anjos armados com lanças apareceram dos prédios.

- COME ON!!. - Luchi gritou.

Impulsionei a foice contra o chão, criando um campo de energia das trevas ao nosso redor, Luchi começou a absorver essa energia na glaive e a misturou com sua própria energia. Saltamos e seguimos em direcções opostas, ceifando anjos impiedosamente durante a batalha, jamais imaginei que um dia lutaria ao lado do meu melhor amigo, principalmente contra anjos. Luchi cortava os anjos ao meio com sua glaive rapidamente, enquanto eu os matava lançando esferas de trevas neles. Logo eliminamos todos eles.

- Vamos... - Luchi disse enquanto guardava a gláive

Voltamos á caminhar em direção ao Redentor, e principalmente em direção á guerra que foi anunciada tantas vezes em tantos lugares.....

terça-feira, 12 de maio de 2009

Terra da Noite Eterna

..Imagine viver em um lugar onde é sempre noite

...E que a cada noite, um mundo novo e uma vida nova se começem, um dia você é um, no outro, já não é mais., algum rodizio de almas,

...Um rodizio de almas que modifica as pessoas completamente. Onde se veem almas vagando, iluminando os lugares...Uma noite sem luar.

...Algumas almas malignas, outras tão boas quanto o propio Deus. Um dia Deus no outro Demonio. Uma noite sem luar, uma noite tão vaga, tão eterna pra quem sofre . Morrer aqui, não é saida, nem escolha...É fato.

...Como uma eterna maldição, um lugar esquecido no destino....

...Um lugar para eternos já mortos, pra almas descansarem ou para pagarem por maldades que um dia cometeram? Inferno ou Céu?

...Nenhum dos dois. Apenas um mundo para almas que não tem descanso, almas pecadoras., almas sem destino...

...Almas vazias. Aonde matar, não tem significado nenhum, pecar já não importa mais. Pois já não tem um Deus para serem perdoados.

...Provavelmente um mundo construido pelo sofrimento...Do qual Deus eliminou o Sol para que vivessem na eterna escuridão interna. Um lugar sem lideres, sem lar...Atormentado por fantasmas do passado de seus habitantes...Dos espiritos daqueles que ceifaram sem o menor remorso. Os atormentos de suas mentes logo ganham vida lá para que possam sentir o sofrimento até desistirem de viver .

...Desistir de viver ou simplesmente se tornar seu próprio e único medo, se tornando então imortais em lugar que os levaria á morte. Vampiros das sombras, comensais da morte.

...Anjos que perderam suas asas e se renderam ás trevas em uma busca por um unico vínculo com aquilo que conheciam como vida...

...Apenas os fortes conseguem continuar ali, sem liberdade, sem vida, sem asas, são apenas escravos das trevas, que tem que se sucumbir aquele vinculo ridicúlo com as trevas interiores para poderem continuar vivos, por laços.

Um vincúlo com a vida que desejavam ter mas da qual lhe foram recusadas. Inumeros pedidos ao desconhecido para que o sol voltasse á iluminar aquele lugar....pedidos sem respostas.... Pois ninguem jamais os ouviram.

As trevas então, sugavam mais e mais a sua vitalidade os fazendo sucumbir aos pedidos absurdos por dor e magoa, ali restando então, apenas ódio e rancor. Almas de mais tempo ali, já não aguentavam mais e acabavam virando o sacrificio da noite de hoje.

...E então logo algo irá consumi-los...O Julgamento Final será feito um dia ?

...Algo que só a morte poderá nos explicar... ...No dia em que houver justiça em sua propria alma, ele será rezervado somente a você, deixando o lugar, rezervado á proximas almas vazias.

...E essas proximas almas vazias provavelmente verão os restos mortais dos que 'viviam' naquele mundo e logo despertarão uma nova sensação nos corações deles: Desespero mutuo... Mas não durará muito tempo, em breve algo roubará os corações deles.

Se assim for, viveram como escravos da escuridão eternamente. Sem voz, sem visão, apenas com algum tipo de massa que encham seus cerebros inuteis.

...Logo depois, passarão a se esquecer do que é vida. Viverão como escravos de si mesmos e de suas lamentações infinitas...

...Isso os faz serem esquecidos de almas que os lembravam, assim, um ciclo continuará eternamente...

...E isso nos faz ver como é bom viver e como não devemos nos deixar cair na escuridão de uma alma vazia...

...E sim encontrarmos a luz que o vazio nos trás. Aprendermos a controlar nossa escuridão e transforma-la em uma luz que nos guia....

...Seremos então, eternos. E nossas asas nunca nos deixaram cair em um mar negro, graças ao equilíbrio interno entre o bem e o mal...

...Bem e Mal. Duas forças opostas que se misturadas em perfeito equilibrio, nos tornam seres perfeitos.Mas de fato, jamais seremos perfeitos...O bem e o mal são dois pesos em uma balança que se modifica a todo instante....

Somos vulneráveis a essa balança de extrema injustiça, mudando a alma a cada noite que se passa, nunca seremos perfeitos... Nunca iremos escapar da justiça das trevas.

Mas podemos, nessa justiça das trevas, retomar nossas asas e renascermos de volta para um mundo ensolarado e reinado por sonhos infinitos...

...Então o que nos resta, é sonhar.

...Sonhar um sonho sem fim...

[ht] & Maah

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Anjo de Sangue: Capitulo III - Sangria Lunar

- Você me dá permissão para usar uma das nossas aeronaves para seguir para as ilhas ao norte daqui para que eu possa fazer a Sangria Lunar ?. Perguntei á Richard.

- ...Hoje ela está muito vermelha...Vá, mas tenha cuidado, podem haver selvagens por lá querendo fazer a Sangria também. Ele respondeu.

Corri em direção ao aerodromo e peguei uma nave de pequeno porte, seguindo em direção ao norte, onde há uma grande montanha, um ótimo ponto para fazer a Sangria Lunar. Enquanto pilotava a aeronave, olhei para o relogio dela: 21:00, perfeito, chegarei lá ás 21:30, preciso desse tempo para poder me preparar e para matar todos os selvagens que estiverem lá, sei que as normas dizem para tentar deter e se não conseguir, matar, mas a situação não me propõe a mordomia de deter selvagens.

Aterrisei minha nave nas proximidades da montanha, Peguei minha espada e desci da nave. Tudo parece calado por aqui, será que não há nenhum selvagem por aqui ?. Fui caminhando até o topo da montanha, tendo de seguir por pequenas cavernas escuras para chegar ao topo. Passando-se dez minutos eu estava no topo da montanha e ainda não reparei nenhum sinal de selvagens no local...mas por quê será ?.

Resolvi me sentar, Olhei para o relogio, ainda eram 21:52. Vou ter que esperar duas horas e oito minutos para poder começar a Sangria, é melhor eu ficar atento no caso de aparecer algum selvagem. Olhei para os cantos e ainda não havia percebido nada demais, parecia tudo bem quieto e bem frio....Acho que só me resta esperar. Olhei para trás e me deparei com uma tropa de anjos selvagens voando em direção á montanha...Hora de me divertir um pouco.

Eu me levantei e empunhei minha espada em direção á manada de anjos que se aproximava, finalmente um pouco de ação. Os anjos lançaram plumas laminosas em minha direção, dei um salto e desviei das penas, e as lançei de volta contra os anjos, porém com o dobro de potência da qual eles me lançavam....Menos uma manada de anjos selvagens no mundo, será que está por vir mais selvagens ?. Parei e olhei para os lados, não parece ter nada, mas é melhor eu me manter atento.

Olhei para o relogio, ainda eram 22:30, mais uma hora e trinta minutos esperando. Prendi minha espada levemente no chão e fiquei de pé, esperando o tempo passar ou que algum selvagem aparecesse....Bem, eu estava certo, logo sentia a presença de varios Lycans selvagens se aproximando. Empunhei minha espada e olhei para trás, me deparando com uns trinta deles na minha frente....Tudo bem, ja esperava por isso. Corri rapidamente em direção a eles e começei a manusear minha espada como se eu estivesse manuseando o vento, causava cortes profundos em cada Lycan pelo qual eu passava no caminho. Ao olhar para trás tinha menos da metade deles ainda de pé, mais ferozes do que nunca, todos pularam para cima de mim, me cercaram. Eu parecia estar encurralado, mas ja esperava por isso.

- ...O problema de Lycans selvagens....é que eles não sabem raciocinar.- Disse para eles.

Logo depois estalei meus dedos e a parte da montanha onde oito lycans estavam desabou, jogando-os em estacas de pedra gigantes que tinham numa das cavernas. Avancei contra os outros e os causei feridas profundas enquanto os lançava para fora da montanha. Acho que agora não há mais nenhum Lycan selvagem vivo nessa montanha. Olhei para o relogio novamente, eram 23:30, percebo como o tempo passa rapido quando não estamos parados. Resolvi me sentar novamente e observar a lua tão avermelhada. Comecei a dar voltas no local para passar o tempo.

O relogio despertou, eram meia-noite, a hora certa. Olhei fixamente para a lua e das minhas mãos materializei a Nemesis, uma espada cujo é feita do meu próprio sangue misturado com meus poderes, uma espada que existe dentro de mim, a apontei para á lua e começei a absorver o sangue que a lua escorria. Eu estava realizando o processo da Sangria Lunar... Em tempos periódicos, as almas dos que morreram na Grande Cruz seguem para a lua e despertam influência lá, fazendo-a jorrar um tipo de sangue pelo solo, esse sangue contém uma aura cujo afeta nitidamente nosso planeta, pois traz de volta a vida os corpos dos mortos, transformando-os em mortos-vivos. Para nós o efeito do sangue da lua é mais visivel, existem cinco raças entre nós: Anjos, Demônios, Vampiros, Lycans e Tritões, para qualquer uma dessas raças, o sangue da lua aumenta nossos poderes quando o absorvemos. Porém, essa alteração nos poderes também altera nos instintos, e muitos acabam perdendo o controle e se tornando selvagens que procuram mais e mais sangrias. O sangue da lua não causa este efeito em mim com tanta facilidade, por isso me encarrego de fazer a Sangria Lunar sempre que a lua começa a sangrar. Isso aumenta meus poderes nitidamente mas não afeta meus instintos...Apenas Richard sabe que eu faço as Sangrias, qualquer outro se perguntaria por quê eu não sou afetado nos instintos.

A lua voltou a seu estado natural, branca como neve...Mas...

- Ugh!.

Me ajoelhei no chão, esse poder é muito forte, preciso controla-lo...vamos lá.....Começo a preparar para liberar energia em excesso no meu corpo, respiro fundo....


- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH!!!.- Gritei.

Uma grande bomba de energia foi lançada do meu corpo, destruindo a montanha inteira....Pelo menos agora me sinto bem de novo, muitas vezes a Sangria Lunar lhe deixa com excesso de energia, e é isso que aumenta os instintos...No meu caso, eu apenas libero essa energia. Fui caminhando de volta para a nave, abri seu cockpit e fui pilotando a aeronave de volta para Omega. Chegando lá, Richard me aguardava no aerodromo.

- Você está bem ?.- Ele perguntou.

- Sim, estou.- Respondi.

- Vá descansar, você deve estar exausto.- Ele replicou.

Eu segui para o meu quarto, onde desabei na cama....Há alguem batendo na porta, resolvi olhar para o relogio, são 14:00, me levantei, coloquei uma camisa e fui atender a porta. Era Sybil.

- Haverá uma assembléia dentro de trinta minutos, Richard me pediu para avisar isso.- Disse Sybil.

- Sybil, você me permitiria usar a sala de treinos hoje de madrugada ?.- Perguntei.

- Após a reunião conversamos sobre isso.- Ela respondeu.

- Tudo bem.- repliquei

Fechei a porta e voltei para a cama, ainda me sinto cansado, fiquei a olhar pro teto até cair no sono novamente.



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~~Visão do Futuro~~


''Eu não sei porque, mas ele me passava um ar do qual me fazia acreditar que ele era de confiança, alguem que me ajudaria á achar as respostas que procuro.

- Você poderia me levar até uma das Academias ?.- Resolvi perguntar''

terça-feira, 5 de maio de 2009

Assassino de Aluguel

Me levanto do sofá...visto meu casaco de couro, coloco a pistola dentro da bolsa e pego minhas chaves. Abro a porta do meu quarto do hotel e vou para a rua, seguindo pelos becos escuros e frios dessa cidade vazia. Lembro-me da minha infância nesses momentos. eu ficava no sótão olhando o movimento dos carros, essa cidade ainda me parece a mesma cidade vazia.

Me pergunto quando quis começar essa vida e porque. Ja faz tanto tempo desde a primeira vez que apertei um gatilho e acabei com a vida de alguem... Dai, acabei descobrindo nisso uma forma de ganhar a vida...Acabei por virar um assassino profissional. Tudo nas negociações dependem do alvo: um cidadão comum tem o preço de 1800 euros. Alguem mais conhecido tem o preço de 4000 euros. Já para matar uma grande personalidade, como um politico, eu cobro até 500.000 euros.

Hoje, estou aqui apenas para matar um cidadão comum...por exatos 2000 euros....Uma vida humana realmente vale 2000 euros...?. Não vou julgar o que é certo ou errado, esta foi a opção que preferi seguir então vou até a morte com ela.

Finalmente cheguei aonde queria: Uma das boates mais conhecidas da cidade, meu alvo sempre vai lá toda sexta-feira nesse horário. Ele ja deve estar lá dentro. Resolvi entrar no local, me sentei numa mesa e observei quem estava lá. logo direcionei meus olhos para a pista e lá estava o meu alvo: Charles Morrisson, 23 anos, originalmente nascido nos EUA e vindo de uma familia classe média. Fui contratado por James Denson para matar Charles...Motivo: Charles namora a filha de James, Melissa, e James não classifica Charles alguem que realmente seja digno de sua filha. Porém, a morte de Charles é a unica solução que ele encontrou para se livrar desse homem que ele denominou como ''uma praga na familia''. Foi um dos motivos mais idiotas que ja ouvi, mas bem, não fui contratado para questionar ordens e sim para cumpri-las.

Discretamente coloquei o silenciador na minha pistola e me juntei á multidão para me aproximar de Charles, no caminho, coloquei meu capuz e óculos escuros, assim ninguem me identificaria com facilidade. Em meio a todo o tumulto eu consegui ficar perto o suficiente de Charles.

- Há uma coisa que você precisa saber sobre sua namorada.- Disse a ele.

- Do que você está falando ?.- Ele respondeu.

Me virei para ele e disse.

- Ela está o traindo neste exato momento com outro homem numa rua próxima daqui, venha comigo e eu lhe mostrarei.

Charles parecia ter ficado tenso e desconfiado com o que eu disse.

- Impossivel, eu não acredito que ela faria isso .- Ele retrucou, tentando defender Melissa.

- Você realmente acredita no que ela diz...?, venha comigo e lhe mostrarei que tudo isso é uma grande mentira da parte dela.- Trepliquei

Charles ficou em silêncio por alguns minutos e depois disse:

- Então me mostre onde ela está.

Consegui convence-lo...Isso tornará meu trabalho menos complicado. Levei Charles até um beco sem saida próximo á rua da boate, onde eu disse que ela estaria.

- Parece que ja foram embora. Disse para Charles.

Charles parecia frustrado e seguia de volta para a rua. Nesse mesmo momento eu apontei minha pistola na cabeça dele e apertei o gatilho. A bala acertou em cheio, como prova, peguei minha câmera digital e tirei uma foto do cadaver. Peguei um taxi e segui em direção ao apartamento onde James mora. Chegando lá, apontei minha pistola e abri a porta. James ja estava me aguardando com o dinheiro nas mãos. Coloquei as fotos sobre a mesa

- Agora ele está morto, espero que saiba consolar sua filha. Eu disse para James.

- Ja providenciei cuidados para isso, aqui está os dois mil euros. Ele respondeu, jogando o bolo de notas em minha direção, cujo peguei com a mão direita.

Começei a contar nota por nota...sim....estava certo.

- Agora suma daqui!. Ele disse.

Peguei minha pistola e meu casaco e sai daquele lugar, voltei para meu quarto no hotel e fiquei olhando a cidade pela janela....Pensando sobre o fato de mais uma vida ter sido desperdiçada por troca de dinheiro...O que me faz pensar que dinheiro é uma maldição sem fim.....Bem, não devo pensar nisso, daqui a tres dias tenho mais um trabalho a fazer....

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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Anjo De Sangue: Capitulo II - Omega

O helicóptero logo pousou na Academia Omega, uma das cinco grandes academias do Continente Mistico. Existem um total de 30 academias basicas no nosso continente, lá somos treinados desde criança para aprender a controlar nossos poderes e instintos. Quando terminamos os ensinos das academias basicas, temos de seguir para uma das 5 grandes academias: Alpha, localizada no sul do continente. Beta, localizada no norte do continente. Sigma, localizada no Leste do continente. Omega, localizada no Oeste do continente e Esper, localizada no centro do continente. Esper é a unica academia que escolhe cuidadosamente quem entrará nela ou não, por isso, a procura para entrar em Esper é muito grande, muitos de nós se esforçam ao maximo para conseguir ingressar em Esper. No meu caso, eu não me esforçei para ingressar em Esper, pois não gostaria de seguir metodos rigorosos como os dessa academia. Preferi ingressar em Omega, ou melhor, fui convidado a entrar nessa academia.

Ao sairmos do helicóptero, a equipe medica moveu a maca do Lycan para a enfermaria. Eu fui para dentro da academia, percebia algumas pessoas me observarem, mas não me importava. Segui em direção ao elevador e apertei o botão para ir ao 5º andar. Enquanto esperava o elevador chegar até lá, eu encostei na parede e respirei fundo, esperei pacientemente o elevador subir...3º.....4º.....5º. Chegou...

Sai do elevador e segui reto, abrindo o portão da sala de Richard, que estava me aguardando anciosamente.

- Sente-se, Nero. . - Richard disse.

Me aproximei da cadeira em frente á mesa de Richard e me sentei. Richard é um dos fundadores da Academia Omega, e um dos sete representantes que participaram da reunião que criou o Contrato de Maelstrom. Ele foi também um dos estrategistas que mais participaram da Grande Cruz, nome dado á guerra letal entre nós e os humanos antes de começarem os acordos de paz.

- Como foi lá ?. - Perguntou Richard, com um sorriso estampado no rosto.

- Como qualquer outra missão contra um Lycan selvagem...dê um isca e ele irá correndo para ela. - Respondi com um tom de vóz frio.

O sorriso de Richard estava mais perceptivo, eu conhecia aquele sorriso desde que entrei na academia. Richard sabia o quanto eu era diferente dos outros e esse foi um dos motivos dele ter me convocado para a academia.

- A equipe medica irá cuidar do Lycan, creio que ele dará um ótimo aluno se controlado. Richard comentou com um tom de voz suave.

Eu o olhei com uma postura séria. Havia algo por trás disso, antes de eu ir para a missão, Richard havia dito que queria falar comigo na volta.

- Não foi para isso que você me chamou aqui, o que você quer ?. - Perguntei.

Richard se levantou da cadeira, olhou para a janela, respirou fundo e deu a notícia:

- A Igreja irá mandar dentro de sete dias um mensageiro para cá, ela irá analisar se há alguma possibilidade de fazer uma unificação, isso daqui a dez anos ou menos. De fato, você é diferente de todos aqui, isso poderá chamar a atenção, mesmo tendo colocado você na nossa ficha como ''Vampiro'', todos nós da Academia sabemos que você é muito mais que isso. Por isso iremos transferi-lo para a Academia Sigma ao leste. você continuará a ser designado como vampiro por lá, terá a mesma ficha que teve aqui.

- ....Quando devo partir ?. - Perguntei com um tom de vóz sério.

Eu já sabia que quando algo desse tipo fosse acontecer em Omega, eu teria que sair de lá para evitar caos e tumulto. Eu só estava esperando acontecer, e parece que finalmente acontecerá.

- Você irá partir daqui á três dias, você ja está ingressado em Sigma, sua vaga está garantida. Creio que o receberão como nós o recebemos aqui. - Ele respondeu, encostando a mão no meu braço continuou a falar:

- Você com certeza foi um dos melhores alunos da academia, seu potencial é definitivamente fantástico. Sentirei sua falta, Nero...

Por quê ele diria que sentirá falta de mim ?, ele ficou impressionado comigo por ter altos poderes, por ser o único sobrevivente da minha legião....Por isso ele teve este apego por mim, não por amizade. Eu me levantei da cadeira e segui em direção á porta, me virei para Richard e disse.

- Não creio que você sentirá falta de mim.

Richard me olhou de forma estranha, então segui para o primeiro andar e fui para meu quarto. Tirei a camisa e liguei o laptop para pesquisar sobre Sigma....O local me parece ser uma academia com os mesmos metodos que Omega usa, só que o ambiente parece mais leve, mais tranquilo....Isso é bom para mim. Estou cançado, acho que seria melhor descansar um pouco. Desliguei o laptop e me deitei na cama, me virando para o lado esquerdo, olhei para a janela e vi a lua cheia....Ela parecia estar tão bela hoje...


Acordei ás seis horas da tarde, me levantei e peguei meu uniforme de treinamentos no armario, o vesti e segui em direção á sala de treinamentos. Lá, ativei os hologramas e começei a lutar contra eles usando minhas capacidades de vampiro. uma vez que eu me finjo ser um vampiro comum, tenho de aprimorar minhas habilidades. Me divertia fazendo isso, me distráia. Em meio a meu treino, Sybil, a responsavel por supervisionar os treinos entrou na sala. Parei o treino para não acabar afetando ela.

- Tenho uma coisa pra você. - ela disse.

Me posicionei proximo a ela e perguntei:

- O que seria ?.

Ela retira de seu bolso uma carteirinha com o emblema de Sigma: um olho dourado cercado por rosas vermelhas.

- A sua carteira de identificação em Sigma, Richardme pediu para lhe entregar isso. - Ela respondeu.

Eu segurei a carteira e abri. Todos os dados estavam corretos.

- Obrigado. - Disse por educação.

Depois olhei para o teto, cujo era transparente e observei a lua novamente...Ela estava avermelhada, profundamente avermelhada....É....acho que hoje a Lua irá sangrar....



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domingo, 3 de maio de 2009

Discipulo e Mestre II

Eram duas da madrugada, estavamos hospedados em um pequeno hotel de uma pequena cidade na costa leste. Meu mestre estava dormindo no quarto e eu estava na sala, estudando alguns livros arcanos....Não me sentia satisfeito com os poderes que tinha criado...A manipulação não me agradava mais, procurava algo mais forte, algo que me fizesse sentir o poder fluir.

Os livros mostravam uma serie de formas de usar poderes extremos de varios tipos de estilos arcanos, todos eram definitivamente incriveis. Mas....como eu poderia usa-los sem modificar os meus metodos ?

Quanto mais livros eu lia, mais essas conclusões ficavam dificeis de se descobrir, então parei para repensar um pouco. Resolvi estudar os metódos antigos usados há milênios atrás e encontrei uma analise sobre um feiticeiro que fez aquilo que eu estava querendo fazer....Meus olhos brilharam ao ver os metodos dele....Mas a pergunta ainda permanecia: Como fazer isso nos meus metódos ?.

Eu caminhava de um lado para o outro da sala procurando a resposta. Haviam metodos mais conhecidos porém muito vulneraveis, e eu não queria fazer uma técnica tão vulneravel, eu queria algo que tornasse a situação pelo menos de igual para igual.

Minha cabeça se perguntava ''O que posso usar ?'', ''Existe algo da nossa geração que permita-me usar este metodo ?''...Até que finalmente, percebi uma magica em especial....Para testa-la, resolvi sair do hotel e seguir para um cemiterio próximo ao hotel, pois lá haveriam almas suficientes para eu testar a minha hipótese.

Chegando no cemitério, começei a caminhar pelo local, observando o numero de almas no lugar: eram suficientes para meu teste. Então fui até o grande corredor do local, parei por lá e começei a absorver energias de Água, Fogo e Trevas....os três elementos do qual eu me especializei desde o inicio. Logo sentia os espiritos do cemitério ganharem forma fisica, eu já esperava por isso, foi um dos motivos que escolhi testar isso no cemitério. Logo via fantasmas de cavaleiros na minha frente á uns 3 km de distância, logo virão me atacar e eu ja tenho energia suficiente para me defender.

Os fantasmas corriam em minha direção, ao chegarem próximos, desintreguei eles. Ainda não tenho energia suficiente para fazer meu teste. Logo vinham mais fantasmas, comecei a materializar criaturas para me defender...Isso fazia parte do meu plano, em meio as criaturas, materializei um em especial....Um que me traria a outra parte do meu plano.

Tanto minhas criações como os fantasmas estavam se destruindo, forçei a alma de algumas das minhas criações a voltarem a vida para continuarem meu plano, mais almas vinham para o cemitério....Agora só falta uma coisa......Um pouquinho mais de fogo...

Comecei a absorver energias de fogo e trevas, nesse meio tempo eu via um exército de cavaleiros fantasmas se aproximando e isso era tudo que eu precisava....Se desse certo eu saia vivo, se falhasse, seria morto. Comecei a fazer as almas do cemitério virem pra minhas mãos, e as transformei em uma neblina avermelhada que rondava todo o local....A tropa começava a correr em minha direção. abri um sorriso.

- Meus anjos...acordem de suas tumbas. - eu disse.

Nesse momento, das lápides sairam 4 anjos com asas brancas e pretas e começaram a ceifar cada um dos fantasmas rapidamente, eu olhava aquilo orgulhoso do meu feito. logo não haviam mais espiritos no local e meus anjos estavam lá de pé ao meu redor. Logo ouvi aplausou, quando olhei para trás, meu mestre estava batendo palmas

- Boa técnica, soube como aproveitar suas energias para chamar esses anjos. Usou os magos zumbis para trazer as almas deles para cá e logo depois criou uma neblina de almas para que eles voltassem a vida. estou admirado. - o mestre disse.

- Obrigado, mas como você soube que eu vim para cá ?. - Perguntei

- Eu senti as vibrações da sua energia se manifestando pelo cemitério, dai resolvi vir e observar tudo. - ele respondeu.

- Acha que estou ficando a nivel de ser bom o suficiente ?. - Resolvi perguntar.

- Para o que você é sim, mas não para vencer alguma competições. Os que vencem competições vivem disso, passam todos os dias o dia todo trabalhando suas magicas, vendo cada uma de suas fraquezas e as preenchem, preparam tudo para serem os melhores e terem fama mundial. Eles esquecem de tudo, familia, amigos e começam a viver só por isso. Se tornam maquinas de batalha. Não creio que você queira isso pra você, então, faça as suas magicas de um jeito que o satisfaça, e não de um jeito que seja para vencer competições de arcana. - ele respondeu, com um tom de voz sério.

- Entendi... - Respondi.

Realmente não há como eu tentar vencer competições arcanas, acho melhor me manter apenas como um praticante. Eu e meu mestre observamos o sol , os anjos voltaram para onde vieram.
Ainda tenho muito o que aprender, mas estou satisfeito com o que ja sei... Irei até onde eu estiver satisfeito comigo mesmo, sem o menor intuito de ser o melhor...Essa é uma promessa que faço para eu mesmo.


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sábado, 2 de maio de 2009

Lótus Negra

Houve uma época da qual costumavamos olhar para o nada e vivermos em pensamentos e incertezas...Coisas da qual jamais diriamos se não houvesse nada que nos impulsionasse a dizer....

Eu tinha certeza, naquela epoca eu estava disposto a ficar nessa brincadeira para sempre, os dias em que estavamos sozinhos em um lugar de acesso nem tão permitido mas que sempre acabavamos por lá mesmo...Por que ?...Sinceramente, eu não sei...

Tudo aquilo era como uma Lótus Negra: Raro, belo e extremamente precioso...Algo que valor é inestimavel. Mesmo atravez dos maiores silencios, palavras eram percebidas, pensamentos principalmente....Eu tinha certeza do que estava fazendo e das consequências que isso poderia me trazer. Sabia que aquilo podia me destruir como podia me dar algo do qual me era um sonho desde que tudo começou...

Não demorou muito tempo para que algumas verdades viessem a tona....Que viver isso de forma intensa não seria possivel tão cedo. Algo que eu ja sabia desde o começo e, portanto, estava preparado...Porém, uma escolha dolorosa tinha que ser feita.... Ou abandonar esse paraiso, ou ter a possibilidade de acabar sendo a causa de sua queda.... Foram muitos dias, muitas horas, muitas semanas tentando achar alguma solução menos dolorosa... Para no fim, a unica solução ser abandonar tudo por um tempo...

Falar, definitivamente era mais facil do que agir....Até hoje lembro muito bem de como o primeiro dia amargurava minha alma. A dor era forte, muito forte....chegando em casa eu havia me estirado na cama e caindo num sono profundo para esquecer o sofrimento.

Esse sofrimento, felizmente (ou infelizmente) não durou muito: acabamos por nos reaproximar de novo....Tudo aquilo era forte, sincero e real demais para que acabassemos nos conformando com a destruição do que, na epoca, auto denominei como ''My Paradise''. Acabamos por tentar descobrir outras soluções...Sem sequer imaginar o quanto essa procura por soluções estava me tornando alguem que eu não era e não sou: Alguem sedento por ter cada vez mais poder. Primeiro pecado...

Não demorou muito até que você definitivamente me levasse ao topo do meu paraiso pessoal, o seu calor confortava cada vez mais minha alma em momentos que tudo parecia muito tenebroso....A consequência disso foi ter me tornado dependente de você na época....acabei tornando de você a unica cura que eu tinha para todas as minhas dores....Outro grande pecado que jamais deveria ter sido feito. Acabamos por tomar a decisão mais perigosa, mas aquela que nossas almas queriam, não estavamos pensando se aquilo era certo ou errado....Estavamos fazendo aquilo que queriamos fazer...

No começo tudo parecia perfeito, ou nem tanto... Começei a seguir meus impulsos mais do que o normal, acho que deixei minhas emoções tomarem conta de mim, esqueci que o garoto por quem você se apaixonou era o que usava ambas cabeça e coração....Ter seguido mais ainda minhas emoções fez com que meu desejo por ti aumentasse cada vez mais a cada momento: Terceiro pecado.

Houve uma época da qual tudo no meu mundo fechado estava desmoronando... Me corrompendo com ódio....Ódio que misturado com a minha ganância e com a minha dependência por ti me tornará aquilo que você passou a odiar e a desprezar aos poucos..... Quando nos reencontramos, creio que você e todos ao nosso redor perceberam que eu não era mais o mesmo....Minha sede por poder tinha aumentado, eu ultrapassei os meus limites morais em ordem de me testar cada vez mais, nesse processo até ferindo uma pessoa muito querida tanto pra mim quanto pra você. Quarto pecado.

Por dentro, eu percebia você cada vez se afastando mais de mim por motivos tão claros que eu não conseguia enxerga-los na minha frente. Podia passar milhões de coisas na minha cabeça, mas a mais obvia eu não enxergava: isso tudo era culpa minha. Fiquei obscecado por tudo, principalmente coisas relacionadas a você.... Esqueci de tudo...meus ideais...meus principios...até mesmo minha sanidade...

Acho que o fim disso tudo foi o mais provavel......Acabamos colocando um fim nessa historia....O fim dessa historia também era o fim do meu mundo e das minhas forças. Foram meses e meses em um poço de dor e sofrimento desnecessario....


Essa historia e o seu amor foi uma Lótus Negra da qual eu arranquei petala por petala até não ter mais nenhuma para arrancar.

Quando esqueci você...? Simplesmente não esqueci, Você para mim agora é só um fantasma de um passado que nunca mais voltará...Memorias que querendo ou não, permanecerão na minha cabeça até o dia em que eu encontre algo que preencha isso....Vejo que deviamos ter seguido o caminho mais doloroso no começo de tudo....teria evitado tudo isso...meu medo de perde-la havia me tornado um ser obscecado e cruel. E demorou muito até eu voltar ao meu verdadeiro eu...Não me pergunte como estou de volta porque nem eu sei....

Mas sei que agora estou livre de você e dos meus fantasmas....Tenho minha consciência de volta...Tenho tudo que eu tinha antes de todo esse caos...De tudo que perdi, só não tenho você agora...E não sinto falta disso...Estou bem como estou agora....Ganhei minhas asas de volta e fui para um lugar tão longe que você não perceberia...E mesmo que suas memorias estejam comigo, elas são apenas uma lição de vida...


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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Anjo de Sangue: Capitulo I - Missão

Deserto do Saara, são 02:00 AM, uma madrugada de céu estrelado, com neblina em todo o deserto. Estou aqui aguardando calmamente, sentado em uma pedra...minha isca está nas ruinas mais proximas ao leste: carne humana, isso com certeza irá atrai-lo até lá e, então poderei fazer o que me foi ordenado.

Logo sinto a presença dele se aproximando e vejo sua sombra correndo em direção ás ruinas...''chegou a hora'', pensei. Segui para as ruinas e logo me deparei com a cena que esperava ver: Um licantropo selvagem se deliciando com a carne humana que deixei nas ruinas para atrai-lo. Definitivamente, isso é uma cena despresivel de se ver...vai contra todas as nossas crenças e contratos de paz que fizemos com a humanidade.

O Lycan virou seu rosto e olhou nos meus olhos...Vejo no olhar dele um instinto selvagem, faminto, sedento por mais carne, logo ele sentirá meu cheiro e tentará me atacar.

- Então é assim que os selvagens agem... - disse.

O Lycan correu em minha direção rapidamente, tal como previa. Me limitei a por minha mão esquerda para trás e me desviar dos golpes deste ser feroz. Percebia em cada movimento dele que, se domado, ele voltaria a seu estado natural...seus golpes estavam lerdos demais para ser de um 100% selvagem, assim como não vejo grandes poderes nele...Acho que devo poupar a vida dele, pode dar um bom membro para a Academia.

Desviei de mais um golpe dele e impulsionei minha mão esquerda em direção ao seu peito, perfurando-o. Sentia o sangue dele escorrer pelas minhas mãos e logo cheguei a seu coração, começei a congelar sua corrente sanguinea, enquanto o fazia, olhei para os olhos do Lycan....eles refletiam todo o sofrimento que eu estava causando....um sofrimento necessario para o futuro dele e da nossa nação.

- Apesar de estar tão feroz e incontrolavel agora, ainda sinto sua sanidade bater no seu coração...por isso, eu o darei uma nova vida. - disse enquanto paralisava seu coração.

Tirei minha mão do peito da fera, que caiu no chão e voltou a forma humana. peguei o lenço que guardo no meu bolso e o usei para limpar minha mão esquerda, que estava enxarcada de sangue. Depois, peguei um dos braços do lycan congelado e o arrastei para fora da ruina, apoiando-o numa pedra logo depois. Tirei do bolso do meu sobretudo um celular e o abri.

- Missão cumprida, o feroz foi detido e está paralisado, estou nas ruinas do ponto 3B. - Disse para a pessoa do outro lado do telefone, com um sorriso discreto.

Logo depois, me apoiei em uma pilastra e começei a olhar para o céu estrelado, realmente o ceu está lindo. Passaram-se 10 minutos e começei a ouvir o som do motor de um helicoptero, olhei para a esquerda e vi o helicoptero da Academia se aproximando. Os holofotes do helicoptero me avistaram e aterrisaram em frente ás ruinas. Dele, sairam três agentes da Academia, um deles carregando uma maca, os três seguiram em direção ao Lycan para coloca-lo no helicoptero. O piloto do helicoptero saiu

- Ele ainda está vivo, eu congelei seu coração. - disse para o piloto

- Entendido, chegando na Academia iremos cuidar dele. - respondeu.

Segui em direção a entrada do helicoptero.

- Sr. Nero. - disse o piloto. Virei meu rosto em direção e ele.

- O Sr. está bem ?. - Perguntou.

- .....Sim. - Respondi com um tom de voz frio. Entrei no helicoptero e me sentei em um dos assentos da mesma. Os agentes colocaram o corpo do Lycan na parte de trás do helicoptero, o piloto entrou em sua cabine e seguimos para a Academia Omega.

Ja se passaram 7 anos desde que o Contrato de Maelstrom, cujo leis serviram para ajudar na convivencia entre nós e os humanos. Essas leis definitivamente favorecem muito os humanos, deixando sobre nossa nação qualquer responsabilidade de danos causados por nós em territorio humano, mesmo que sejam causados por selvagens, cujo são aqueles que deixaram seus instintos falar mais alto que seu raciocinio. Esses tem dois destinos: ou são controlados ou são mortos. Porém, foi a forma que encontramos de conviver pacificamente com a humanidade, principalmente com a Igreja, cujo nos condena tanto e nos veem como ''aberrações'', a ponto de haver uma epoca em que começaram a nos caçar com o intuito de acabar conosco...mesmo sabendo que não poderiam fazer isso sem o uso da Magia Arcana, que também foi proibida pela Igreja. Mas afinal, por quê estou pensando nisso...?, não faz sentido pensar nessas coisas, o contrato ja foi feito á muito tempo. é melhor eu apenas me concentrar no futuro... Só o que fiz foi cumprir a parte da minha nação no contrato.

Logo o helicoptero chegou na Região Omega, na parte sul do Territorio Mistico, em 20 minutos estaremos na Academia. Fechei meus olhos e esperei até o helicoptero chegar na Academia.


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