sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Chapter IX – 2 – Libertação

Quando me dei conta estava em uma plataforma rodeada de névoa, havia sido teleportado novamente e estava sozinho, o cheiro de enxofre era realmente degradante ao olfato, mas não tanto quanto aquele maldito labirinto…

- Isso aqui tá parecendo um Videogame, e a porra da minha paciência só tem uma life…

Me pergunto o porque de tudo isso, não estava me preocupando muito com o destino de tudo ali,  afinal meu namoro já não ia as mil maravilhas e isso o degradou mais ainda. Não sei mais pelo que lutar, se esta certo oque Deus julga ou oque nós mortais achamos correto…

Me lembro de memórias tenras, quase esquecidas, que não vem ao caso desenterrar, me questiono pelo que lutar, se oque realmente importa são pessoas e sentimentos que sabe-se lá se irão te acompanhar para sempre…

- Vinde a mim, filho… – uma luz se materializou no lado oposto da plataforma, se dirigindo a mim com uma voz serena e profunda.

- Você obviamente não é Deus, e mesmo tentando se passar por ele não vai conseguir papo, então vá logo e se mostre como é antes que eu te faça ver como o fio da minha glaive esta perfeito…

- Você me surpreende por se impor diante de tal presença, Senhor Luchi… – a luz se desfez dando lugar a um homem bem apessoado , de aparência tranquila, trajes soturnos e longos, um olhar morto e penetrante – Você tem as perguntas, pois eu lhe mostro as respostas… – disse estendendo a mão que segurava um amuleto negro.

Não é a toa que te chamam de coisa ruim… – retirei meu crucifixo e estendi a outra mão para pegar o objeto - Não interessa oque tenho que fazer, quero apenas saber…

Ele riu enquanto pegava de sua mão fria o amuleto, ao mesmo tempo que meu crucifixo escapava da minha mão.

Ao colocar o amuleto escutei o barulho de metal se partindo e vi de relance o crucifixo partido em dois no chão enquanto apreciava minha nova aquisição…

Dor, Ódio, Agonia, Desespero, Terror, todos os sentimentos reprimidos se rebelando em energia maciça, enquanto me corpo reagia sozinho as imensas massas de energia que se instalavam nele, todo o inferno ecoando em minha cabeça em gritos de horror e desespero, tudo vindo em uma enxurrada em que mal podia ouvir meus próprios gritos.


Silencio….


- Amor, é você?

O liquido quente escorrendo da lamina de minha glaive e pela minha mão era sangue…

- Não, não existe mais essa coisa inutil em mim… – sussurrei em seu ouvido enquanto aos poucos aprofundava mais a lamina em seu abdomen, não me lembrava de nada mas aquilo, me completava de alguma forma…

- P-Porque?

- Cale a boca e apenas morra… – e assim retirei a glaive de seu abdômen, removendo todo o sangue de minha arma em um movimento rápido, guardando-a em minhas costas denovo.

Enquanto seu corpo caia sem vida, eu a olhava com satisfação inexplicável, era fabuloso, mas meu momento de reflexão foi interrompido por barulhos vindos de traz de uma porta, algo me dizia que eram meus companheiros. Peguei o corpo no colo e me dirigi até eles.

- A encontrei morta, assim como meu antigo eu – sussurre ia mim mesmo antes de abrir a porta…

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